Erliquiose
Introdução
Definição
A erliquiose monocítica canina é uma doença infecciosa bacteriana ocasionada pela Ehrlichia canis, que é uma bactéria gram-negativa intracelular obrigatória. A Ehrlichia canis é um dos componentes da família Anaplasmataceae e da ordem Rickettsiales, ou seja, a Ehrlichia canis também é classificada como uma rickettsiose.
Sinônimos
Febre hemorrágica canina.
Doença de Nairóbi.
Doença do cão farejador.
Pancitopenia tropical canina.
Riquetsiose canina.
Tifo canino.
Transmissão
Carrapatos:
A Ehrlichia canis é transmitida principalmente através da picada do carrapato contaminado, principalmente do Rhipicephalus sanguineous, aos cães. Experimentalmente, o Dermacentor variabilis também transmite a erliquiose.
O Rhipicephalus sanguineous também pode transmitir a anaplasmose granulocítica canina e a babesiose, que é outra doença infecciosa bacteriana.
Não é só porque o pet está com carrapato que significa que o pet vai ser infectado pela Ehrlichia canis, pois o carrapato precisa estar contaminado com Ehrlichia canis para poder infectar o pet ou o ser humano.
Transfusão sanguínea com sangue contaminado.
Quem pode contrair?
Animais:
Há outras espécies de carrapatos e outras espécies de Ehrlichia spp. que pode acometer o gato, equinos, animais silvestres como raposas e lobos, por exemplo, ovinos e bovinos, mas o cachorro é o principal reservatório da doença.
A erliquiose é incomum nos gatos devido à resistência imunológica aos agentes infecciosos transmitidos pelos carrapatos, mas os gatos podem ser reservatórios das doenças dos carrapatos. Entretanto, os gatos infectados por Ehrlichia canis ainda podem apresentar sintomas e alterações nos exames de sangue.
Ser humano:
No Brasil e no mundo, já foi diagnosticada Ehrlichia canis em seres humanos que foram picados pelo Rhipicephalus sanguineous contaminado.
Todas as raças, ambos os sexos, todas as idades e em todos os lugares do mundo:
A Ehrlichia canis acomete todas as raças e idades do pet e está presente em todas as regiões do Brasil e no mundo, além de acometer tanto o macho quanto a fêmea.
Em que época do ano ocorre a transmissão?
No Brasil, a contaminação por Ehrlichia canis pode ocorrer em qualquer época do ano, pois o clima tropical e a umidade do ambiente favorecem a proliferação dos carrapatos.
Fisiopatologia
Multiplicação, células parasitadas e resultado
Consequências
Sintomatologia clínica
Introdução
Sintomas clínicos variados e inespecíficos
Os sintomas clínicos ocasionados pela erliquiose são extremamente variados e inespecíficos.
A erliquiose pode acometer diversos órgãos e sistemas do corpo, mas o paciente não precisa ter múltiplos sintomas clínicos para pensarmos em erliquiose. Caso o paciente apresentar 1 ou mais dos sintomas a seguir, já podemos pensar em infecção por Ehrlichia canis.
Quando o paciente manifesta os sintomas?
Os sintomas clínicos podem ocorrer de dias à anos após a infecção por Ehrlichia canis, pois essa doença apresenta algumas fases que são a fase aguda, subclínica e crônica.
Caso o paciente não conseguir eliminar a Ehrlichia canis do organismo, o paciente desenvolve a infecção crônica, que é uma forma severa da erliquiose e que apresenta alta mortalidade. O paciente que desenvolve a infecção crônica pode apresentar novamente os sintomas clínicos a qualquer momento, principalmente quando houver diminuição da imunidade.
Entretanto, é difícil definir a fase da doença na clínica veterinária, pois os sintomas, as alterações no exame de sangue e nos exames de imagem são semelhantes entre as fases da doença, além da duração e da gravidade dos sintomas clínicos variarem.
Sangramentos
Alterações na pele e na mucosa
Alterações oculares
Diagnóstico
Anamnese
Algumas vezes o responsável pelo pet já nos orienta quanto a presença de carrapatos.
A presença de carrapato no paciente nos auxilia no diagnóstico, mas a ausência de carrapato no paciente não significa que não possa ser erliquiose.
Exame físico
A sintomatologia ocasionada pela Ehrlichia canis está relacionada à vasculite e à alteração imunológica sistêmica.
A Ehrlichia canis ocasiona em sintomas clínicos diversos e inespecíficos, mas o pet não precisa obrigatoriamente apresentar todos os sintomas clínicos para pensarmos em infecção por Ehrlichia canis.
Caso o paciente apresentar 1 ou mais sintomas, já devemos pensar em erliquiose.
Exame de sangue
Mielograma
Indicação
A mielograma, que é o exame de citologia da medula óssea, está indicada nos casos de:
Anemia pouco regenerativa ou arregenerativa.
Panleucopenia.
Trombocitopenia.
Alterações visualizadas
Normocelularidade.
Hipercelularidade:
Normalmente o paciente infectado pela Ehrlichia canis com hipercelularidade na mielograma apresenta panleucopenia transitória ao hemograma.
Hipocelularidade:
Pacientes com a fase crônica da erliquiose podem apresentar hipocelularidade na mielograma.
Megatrombócito.
Megacariócito.
Adipósitos.
Células endoteliais.
Células estromáticas.
Hiperplasia de mastócito.
Hiperplasia de plasmócito:
A presença de hiperplasia de plasmócito indica resposta humoral ineficaz contra a Ehrlichia canis.
Urinálise (urina 1)
Análise do líquido cefalorraquidiano (líquor)
Exame citológico
Cultura celular
Exame sorológico por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA)
Exame sorológico por reação de imunofluorescência indireta (RIFI)
Reação em cadeia pela polimerase (PCR)
Exames de imagem
Ultrassonografia abdominal
A ultrassonografia abdominal do paciente com erliquiose pode indicar:
Aumento no tamanho do baço, do fígado e dos linfonodos abdominais.
Hiperecogenicidade córtex renal:
Os pacientes com erliquiose podem apresentar também hiperecogenicidade do córtex renal, quadro compatível com glomérulonefrite.
Eletrocardiograma
Os pacientes com erliquiose podem apresentar alterações de ritmo e de condução ao eletrocardigrama como:
Arritmia sinual.
Ritmo sinusal.
Taquicardia sinusal.
Contração ventricular prematura (VPC):
A contração ventricular prematura nos animais com erliquiose ocorre devido à miocardite secundária à inflamação sistêmica e devido à hipóxia tecidual secundária à anemia.
(Foto: presença de contração ventricular prematura. [Fonte: Semiologia Veterinária, a Arte do Diagnóstico, 2014])
Ecodopplercardiograma
Importante realizarmos o ecodopplercardiograma nos pacientes com erliquiose, pois a erliquiose pode ocasionar em miocardite, que é a inflamação no músculo do coração. A miocardite nos pacientes com erliquiose é ocasionada pela intensa estimulação do sistema imunológico.
A inflamação no músculo do coração pode ocasionar em diminuição da contração do coração, o paciente pode desenvolver cardiomiopatia dilatada e, posteriomente, em insuficiência cardíaca congestiva crônica.
Diagnósticos diferenciais
Doenças infecciosas
Anaplasmose.
Babesiose.
Bartonelose.
Hepatozoonose.
Cinomose.
Leishmaniose canina:
As alterações oculares ocasionadas pela leishmaniose são semelhantes às alterações oculares ocasionadas pela erliquiose.
Doenças imunomediadas
Trombocitopenia imunomediada.
Lupus eritromatoide sistêmico.
Neoplasias
Linfoma.
Mieloma múltiplo.
Tratamento
Introdução
A recuperação clínica espontânea de cães com infecção aguda de erliquiose é comum, mas é importante realizar o tratamento clínico para acelerar a recuperação do paciente, prevenir o agravamento da infecção ou de óbito.
Os objetivos do tratamento da erliquiose são a remissão dos sintomas clínicos, resolução das alterações clínico-patológicas e erradicação da infecção.
Entretanto, o tratamento clínico ocasionalmente é inefetivo, principalmente nos pacientes com a infecção crônica da erliquiose.
Quando realizar o tratamento?
Presença de sintomas clínicos e anormalidades clinico-patológicas associado à positividade do exame sorológico.
Alterações clinico-patológicas ausentes com resultado do exame sorológico igual ou maior de 4 vezes e PCR negativo.
PCR positiva em paciente clinicamente saudável com alterações clinico-patológicas.
Antibióticoterapia
Imunossupressores e imunoestimulantes
Antiparasitário
Imidocarbe
Introdução:
O imidocarbe é um antiparasitário.
Mecanismo:
Alguns pesquisadores relataram que o diproprionato de imidocarbe atua bloqueando a entrada de inositol, que é um nutriente essencial, na célula infectada pelo agente, resultando em inanição e inibição da infecção.
Efeitos colaterais:
O imidocarbe pode ocasionar em:
Lesão renal.
Lesão hepática.
Salivação.
Tremores.
Arritmias.
Taquicardia.
Dispneia.
Dor no local da aplicação.
Diarreia.
Secreção ocular.
Dose:
O imidocarbe é administrado na dose de 5 mg/kg pela via subcutânea.
O imidocarbe é utilizado como dose única ou é necessário 2 aplicações com intervalo de 14 dias de imidocarbe, dependendo da apresentação comercial. O imidocarbe ocasiona em resíduos de longa duração e por isso que o tratamento é realizado com longo intervalo de tempo.
Atropina:
Aproximadamente 10 minutos antes de administrar o imidocarbe, é necessário administrar atropina pela via subcutânea na dose de 0,04 mg/kg para diminuir possibilidade de alguns dos efeitos colaterais ocasionados pelo imidocarbe.
Eficácia:
O imidocarbe é ineficaz para a melhora hematológica ou na eliminação da Ehrlichia canis.
O imidocarbe não é recomendado para o tratamento da erliquiose, mas é recomendado para o tratamento da babesiose, que é outra doença transmitida pelo carrapato.
Auxílio no tratamento da anemia e hipoplasia da medula óssea
Tratamento suporte
Fluidoterapia
A fluidoterapia é realizada nos pacientes que apresentam desidratação.
Antiácidos
Omeprazol:
Utilização:
Devido ao longo período de tratamento da doxiciclina, são comuns os efeitos colaterais ocasionados pela doxiciclina, principalmente a náusea, vômito e diarreia.
Para proporcionarmos maior conforto ao paciente e para não suspender o tratamento, podemos utilizar o omeprazol.
Dose:
A dose utilizada de omeprazol é de 1 mg/kg.
Como o omeprazol diminui a absorção da doxiciclina, recomeda-se utilizar o omeprazol no período da manha e utilizar a doxiciclina na dose de 10 mg/kg após 12 horas da administração do omeprazol.
Antieméticos
Citrato de maropitant:
A dose de citrato de maropitant é de 1 mg/kg, a cada 24 horas, pela via subcutânea.
Ondansetrona:
Caso o paciente estiver apresentando quadros eméticos, podemos utilizar a ondansetrona para diminuir a possibilidade de o paciente apresentar novos quadros eméticos.
Antipirético
Caso o paciente apresentar hipertermia (febre), importante utilizarmos um medicamento antipirético.
Eliminar carrapatos dos pacientes e do ambiente
Importante protegermos o paciente contra possíveis novas reinfestações de carrapato realizando um manejo no paciente e no ambiente.
Monitoramento do tratamento
Sintomas clínicos
Importante acompanharmos a remissão dos sintomas clínicos com o decorrer do tratamento.
Entretanto, a Ehrlichia canis pode persistir no paciente sem sintomas clínicos mesmo após o tratamento adequado, principalmente quando houver alguma outra infecção associada à erliquiose.
Hemograma
Eritrócitos e hemoglobina:
Há aumento dos eritrócitos e hemoglobina após o tratamento de erliquiose.
Plaquetas:
Há o aumento das plaquetas após o tratamento da erliquiose.
O acompanhamento da concentração de plaqueta é um bom indicador de sucesso terapêutico, mas em alguns casos a trombocitopenia persiste de meses a anos após o tratamento.
Entretanto, caso o paciente apresentar aumento nos valores das plaquetas e posteriormente apresentar diminuição nos valores das plaquetas, significa que provavelmente houve falha no tratamento ou reinfecção por Ehrlichia canis.
Leucócitos:
Após o tratamento, o paciente pode apresentar leucócitos dentro do valor de normalidade, leucopenia ou pancitopenia.
Monócitos:
Ao final do tratamento, o paciente pode apresentar monocitopenia.
Globulinas
O valor das globulinas demoram meses para voltar ao valor de referência após o tratamento e a hiperglobulinemia persiste.
Entretanto, caso a hiperglobulinemia persistir por período superior à 9 a 11 meses, significa que houve falha no tratamento da erliquiose ou há outra infecção ou neoplasia concomitante.
Proteína C-reativa
A proteína C-reativa pode ser utilizada no acompanhamento da resposta à antibióticoterapia.
Os valores da proteína C-reativa diminuem com o tratamento efetivo, mas não podemos utilizar a proteína C-reativa como indicador da eliminação da Ehrlichia canis após a antibióticoterapia.
Fosfatase alcalina e ALT
A fosfatase alcalina e a ALT podem se elevar após o tratamento de erliquiose.
Sorologia
Com o tratamento da erliquiose, há a redução dos níveis séricos de anticorpos anti-Ehrlichia canis.
Alguns casos de pacientes tratados para erliquiose podem permanecer com anti-corpos anti-Ehrlichia canis por meses a anos após o tratamento e a resolução dos sintomas clínicos.
Caso o paciente nãoo produzir anti-corpos contra a Ehrlichia canis, podemos assumir que a Ehrlichia canis foi eliminada.
Reação em cadeia pela polimerase (PCR)
A reação em cadeia pela polimerase é o exame padrão-ouro para acompanharmos o tratamento da erliquiose.
Como o baço alberga a Ehrlichia canis por maior tempo quando comparado com o sangue, realizamos a punção de baço para realizar esse exame no acompanhamento do tratamento de erliquiose.
O resultado negativo pode indicar sucesso da terapia ou que o paciente é imunocompetente e eliminou a Ehrlichia canis sem interferência do tratamento. Entretanto, importante associarmos o resultado negativo da reação em cadeia pela polimerase com a diminuição da concentração de anti-Ehrlichia canis na sorologia para determinar que o tratamento foi eficiente.
Entretanto, resultados positivos ainda podem ocorrer mesmo após o tratamento adequado da erliquiose devido à incompetência do sistema imunológico do animal em eliminar o agente, em casos de tratamento ineficiente ou em casos de re-infecção por Ehrlichia canis.
Prevenção
Compartilhe com sua família e amigos!
Referências bibliográficas
- ALBUQUERQUE, F. A. S. A. et. al. Variações clínicas observadas entre as principais hemoparasitoses causadas pelo Rhipicephalus sanguineus em cães. Research, Society and Development, v. 10, n. 12, p. 1-10, 2021
- ALMEIDA, V. G. F. al. Perfil clínico e laboratorial de cadelas sororeativas para erliquiose tratadas em um Hospital Veterinário Universitário em Niterói, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Scientiae Veterinariae, v. 49, p. 1-7, 2021
- AYSUL, N. et. al. Doxycycline-Chloroquine Combination for the Treatment of Canine Monocytic Ehrlichiosis. Acta Scientiae Veterinariae, v. 40, n. 2, p. 1-7, 2012
- BARMAN, D. et. al. A case report of canine erlichia infection in a Labrador dog and its therapeutic management. Bangladesh Journal of Veterinary Medicine, v. 12, n. 2, p. 237-239, 2014
- BIBERSTEINS, E. L.; HIRSH, D. C Ehrlichieae: Ehrlichia, Cowdria e Neotivkettsia. In: HIRSH, D. C; ZEE, Y. C. Microbiologia Veterinária, Editora Guanabara Koogan S. A., Second Edition, Rio de Janeiro, 2003, p. 276-280
- BRANDÃO, L. P. Reações pós-vacinais. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos, Editora Guanabara Koogan LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p. 860-886
- BREITSEHWERDT, E. B. As riquetsioses. In: ETTINGER, S. J; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária - Moléstias dos cães e gatos, 4ª edição, vol 1, São Paulo, 1997, p. 543-553
- BRESSLER, C.; HIMES, L. C.; MOREAU, R. E. Portal vein and aortic thromboses in a Siberian husky with ehrlichiosis and hypothyroidism. Journal of Small Animal Practice, v. 44, n. 9, p. 408-410, 2003
- BRUNETTO, M. A; CARCIOFI, A. C. Suporte nutricional do paciente gravemente enfermo. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos, Editora Guanabara Koogan LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p. 226-271
- BULLA, C. et. al. The relationship between the degree of thrombocytopenia and infection with Ehrlichia canis in an endemic area. Veterinary Research, v. 35, n. 1, p. 141-146, 2004
- CAMACHO, A. A.; MUCHA, C. J. Semiologia do sistema circulatório de cães e gatos. In: FEITOSA, F. L. F. Semiologia Veterinária: a Arte do Diagnóstico, Editora Roca LTDA., terceira edição, São Paulo, 2014, p. 544-586
- CANTADORI, D. T.; OSÓRIO, A. L. R.; BABO-TERRA, V. J. Azitromicina no tratamento da erlichiose monocítica em cães naturalmente infectados. Ciência Animal Brasileira, v. 15, n. 4, p. 458-465, 2014
- CARDINOT, C. B. et. al. Síndrome do eutireoideo doente e alterações nos hormônios tireoidianos em cães com hemoparasitoses. Acta Scientiae Veterinariae, v. 49, p. 1-6, 2021
- CARVALHO, M. B. Semiologia do sistema urinário. In: FEITOSA, F. L. F. Semiologia Veterinária: a Arte do Diagnóstico, Editora Roca LTDA., terceira edição, São Paulo, 2014, p. 779-810
- CAVALCANTE, C. Z; MOSKO, P. R. E; MARTORELLI, C. R. Glomerulopatias. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos, Editora Guanabara Koogan LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p. 4262-4297
- CAVALCANTI, M. F.; RABELO, R. C. Emergências oncológicas. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos, Editora Guanabara Koogan LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p. 337-355
- COSTA, M. P. et. al. Bioquímica sérica de cães infectados por Ehrlichia canis, Anaplasma platys e Leishmania sp. Acta Scientiae Veterinariae, v. 43, p. 1-7, 2015
- DANK, G. et. al. Diagnostic and Prognostic Significance of Rubricytosis in Dogs: A Retrospective Case-Control Study of 380 cases. Israel Journal of Veterinary Medicine, v. 75, n. 4, p. 193-203, 2020
- De AGUIAR, D. M. Erliquioses. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos, Editora Guanabara Koogan LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p. 2329-2349
- De SÁ, R. et al. Erliquiose canina: relato de caso. Pubvet, v. 12, n. 6, a118, junho, p. 1-6, 2018
- DONA, F. D. et. al. Magnetic resonance findings of meningoencephalitis in a dog seroreactive to Ehrlichia canis in United Kingdom. Veterinary Record Case Reports, v. 9, n. 1, p. 1-4, 2021
- Den TOOM, M. L. et. al. Interstitial pneumonia and pulmonary hypertension associated with suspected ehrlichiosis in a dog. Acta Veterinaria Scandinavica, v. 58, n. 46, p. 1-8, 2016
- DUBIE, T. et. al. An insight review on canine ehrlichiosis with emphasis on its epidemiology and pathogenesity importance. Global Journal of Veterinary Medicine and Research, v. 2, n. 4, p. 59-67, 2014
- EBANI, V. V. Serological Survey of Ehrlichia canis and Anaplasma phagocytophilum in Dogs from Central Italy: An Update (2013–2017). Pathogens, v. 8, n. 3, 1-7, 2019
- EDDLESTONE, S. et. al. Doxycycline clearance of experimentally induced chronic Ehrlichia canis infection in dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 21, n. 6, p. 1237-1242, 2007
- FERREIRA, A. J. P; PIZARRO, L. D. C. R; DELL'PORTO, A. Agentes antiprotozoários. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária, Editora Guanabara Koogan LTDA., 4ª edição, Rio de Janeiro, 2006, p. 551-566
- FERREIRA, W. L. Semiologia do sistema respiratório de pequenos animais. In: FEITOSA, F. L. F. Semiologia Veterinária: a Arte do Diagnóstico, Editora Roca LTDA., terceira edição, São Paulo, 2014, p. 619-643
- FILIPPI, M. G. et. al. Evaluation of heart rate variability and behavior of electrocardiographic parameters in dogs affected by chronic Monocytic Ehrlichiosis. Public Library of Science, may, p. 1-19, 2019
- FOURIE, J. J. et. al. The efficacy of a generic doxycycline tablet in the treatment of canine monocytic ehrlichiosis. Journal of the South African Veterinary Association, v. 86, n. 1, p. 1-10, 2015
- HARRUS, S.; WANER, T. Diagnosis of canine monocytotropic ehrlichiosis (Ehrlichia canis): An overview. The Veterinary Journal, v. 187, p. 292-296, 2011
- HARRUS, S. Perspectives on the pathogenesis and treatment of canine monocytic ehrlichiosis (Ehrlichia canis). The Veterinary Journal, p. 239-240, 2015
- HARTLEY, C; HENDRIX, D. V. H. Diseases and Surgery of the Canine Conjunctiva and Nictitating Membrane. In: In: GELLAT, K. N. et al. Veterinary Ophthalmology, 5th ed., Wiley & Sons., 2021, p. 1045-1081
- HARTMANN, K.; SYKES, J. Answers: Case 156. In: HARTMANN, K.; SYKES, J. Self-Assessment Color Review Canine Infectious Diseases, Taylor & Francis Group LLC., 1st ed., Boca Raton, 2018, p. 232
- HEEB, H. L. et. al. Large granular lymphocytosis, lymphocyte subset inversion, thrombocytopenia, dysproteinemia, and positive Ehrlichia serology in a dog. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 39, p. 379-348, 2003
- JENKINS, S. et. al. Efficacy of Minocycline in Naturally Occurring Nonacute Ehrlichia canis Infection in Dogs. Journal of Veterinary Internal Medicina, v. 32, n. 1, p. 1-5, 2017
- KARNEZI, D. et. al. Acute phase protein and antioxidant responses in dogs with experimental acute monocytic ehrlichiosis treated with rifampicin. Veterinary Microbiology, v. 184, p. 59-63, 2016
- KOMNENOU, A. et. al. Ocular manifestations of natural canine monocytic ehrlichiosis (Ehrlichia canis): A retrospective study of 90 cases. Veterinary Ophthalmology, v. 10, n. 3, p. 137-142, 2007
- KUMAR, R. et. al. Canine ehrlichiosis: A review. Journal of Entomology and zoology Studies, v. 2, p. 1849-1852, 2020
- LARA, B. et. al. Serologic and Molecular Diagnosis of Anaplasma platys and Ehrlichia canis Infection in Dogs in an Endemic Region. Pathogens, v. 9, n. 6, p. 1-9, 2020
- LAU, S. F. et. al. Canine vector borne diseases of zoonotic concern in three dog shelters in peninsular Malaysia: The importance of preventive measures. Tropical Biomedicine, v. 34, v. 1, p. 72-79, 2017
- LEIVA, M.; NARANJO, C.; PEÑA, M. T. Ocular signs of canine monocytic ehrlichiosis: a retrospective study in dogs from Barcelona, Spain. Veterinary Ophthalmology, v. 8, n. 6, p. 387-393, 2005
- MANN, S. et.al. Diagnosis and management of Ehrlichia canis associated chronic kidney disease (CKD) in three Labrador dogs. SKUAST Journal of Research, v. 19, n. 1, p. 160-163, 2017
- MEYER, D. J; COLES, E. H; RICH, L. J. Anormalidades em testes hepáticos. In: Medicina de laboratório veterinária: interpretação e diagnóstico, Editora ROCA LTDA., 1ª reimpressão da 1ª edição, São Paulo, 2003, p. 47-61
- MORELLI, S. et. al. Exposure of client-owned cats to zoonotic vector-borne pathogens: clinic-pathological alterations and infection risk analysis. Comparative Immunology, Microbiology and Infectious Diseases, v. 66, p. 1-6, 2019
- MYLONAKIS, M. E. et. al. Chronic canine ehrlichiosis (Ehrlichia canis): A retrospective study of 19 natural cases. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 40, n. 3, p. 174-184, 2004
- MYLONAKIS, M. E.; HARRUS, S.; BREITSCHWERDT, E. B. An update on the treatment of canine monocytic ehrlichiosis (Ehrlichia canis). The Veterinary Journal, v. 246, p. 45-53, 2019
- MYLONAKIS, M. E.; THEODOROU K. N. Canine monocytic ehrlichiosis: An update on diagnosis and treatment. Acta Veterinaria, v. 67, n. 3, p. 299-317, 2017
- NAMBOOPPHA, B. et. al. Effect of gp19 peptide hyperimmune antiserum on activated macrophage during Ehrlichia canis infection in canine macrophage-like cells. Animals, v. 11, n. 8, p. 1-13, 2021
- NAVARRETE, M. G. et. al. Novel Ehrlichia canis genogroup in dogs with canine ehrlichiosis in Cuba. Parasites & Vectors, v. 15, n. 1, p. 1-9, 2022
- NEER, T. M. et. al. Efficacy of Enrofloxacin for the Treatment of Experimentally Induced Ehrlichia canis Infection. Journal Veterinary Internal Medicine, v. 13, p. 501-504, 1999
- NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Doenças Riquetsiais Polissistêmicas. In: Medicina interna de pequenos animais, Editora Elsevier LTDA, 5ª edição, São Paulo, 2014, p. 3025-3059
- NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Leucopenia e leucocitose. In: Medicina interna de pequenos animais, Editora Elsevier LTDA, 5ª edição, São Paulo, 2014, p. 2804-2824
- OJEDA-CHI, M. M. et. al. Ehrlichia canis in dogs of Mexico: Prevalence, incidence, co–infection and factors associated. Comparative Immunology, Microbiology and Infectious Diseases, v. 67, p. 1-6, 2019
- PALACIOS, M.; ARTEAGA, R.; CALVO, G. High-Dose Filgrastim Treatment of Nonregenerative Pancytopenia Associated With Chronic Canine Ehrlichiosis. Topics in Companion Animal Medicine, v. 32, n. 1, p. 28-30, 2017
- PAPICH, M. G. Manual Saunders Terapêutico Veterinário, Editora MedVet LTDA., 2ª edição, São Paulo, 2009, p. 145-147
- PAPICH, M. G. Manual Saunders Terapêutico Veterinário, Editora MedVet LTDA., 2ª edição, São Paulo, 2009, p. 251-253
- PAPICH, M. G. Manual Saunders Terapêutico Veterinário, Editora MedVet LTDA., 2ª edição, São Paulo, 2009, p. 270-272
- PAPICH, M. G. Manual Saunders Terapêutico Veterinário, Editora MedVet LTDA., 2ª edição, São Paulo, 2009, p. 375-376
- PAPICH, M. G. Manual Saunders Terapêutico Veterinário, Editora MedVet LTDA., 2ª edição, São Paulo, 2009, p. 627-628
- PETROV, E. A, et. al. Effects of doxyxycline treatment on hematological and blood biochemical parameters in dogs naturally infected with Ehrlichia canis. Macedonian Veterinary Review, v. 41, n. 1, p. 99-105, 2018
- RAHAMIM, M. et. al. Ehrlichia canis morulae in peripheral blood lymphocytes of two naturally-infected puppies in Israel. Veterinary Parasitology: Regional Studies and Reports, v. 24, p. 1-4, 2021
- RIKIHISA, Y. et. al. C-reactive protein and α1-acid glycoprotein levels in dogs infected with Ehrlichia canis. Journal of Clinical Microbiology, v. 32, n. 4, p. 912-917, 1994
- RUDOLER, N. et. al. Evaluation of an attenuated strain of Ehrlichia canis as a vaccine for canine monocytic ehrlichiosis. Vaccine, v. 31, n. 1, p. 226-233, 2012
- SAINZ, Á. et. al. Guideline for veterinary practitioners on canine ehrlichiosis and anaplasmosis in Europe. Parasites & Vectors, v. 8, n. 75, p. 1-20, 2015
- SANTIAGO, M. B. et. al. Pharmacokinetics and adverse effects of doxycycline in the treatment of Ehrlichiosis: theoretical foundations for clinical trials in canines. Revista MVZ Córdoba, v. 22, p. 6062-6071, 2017
- SATO, M. et. al. Ehrlichia canis in dogs experimentally infected, treated, and then immune suppressed during the acute or subclinical phases. Journal of Veterinary Internal Medicina, v. 34, p. 1214-1221, 2020
- SCHÄFER, I. et. al. Retrospective evaluation of vector-borne infections in dogs imported from the Mediterranean region and southeastern Europe (2007–2015). Parasites & Vectors, v. 19, n. 30, p. 1-10, 2019
- SILVA, A. C. T. et. al. Prednisolone associated with doxycycline on the hematological parameters and serum proteinogram of dogs with ehrlichiosis. Ciência Rural, v. 51, n. 3, p. 1-9, 2021
- SOARES, J. F. Piroplasmoses. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos, Editora Guanabara Koogan LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p. 2277-2328
- SPINOSA, H. S. Antibióticos: macrolídios, lincosamidas, ifamicinas, fosfomicina e novobiocina. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária, Editora Guanabara Koogan LTDA., 4ª edição, Rio de Janeiro, 2006, p. 483-486
- SPINOSA, H. S. Antibióticos: tetraciclinas, cloranfenicol e análogos. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária, Editora Guanabara Koogan LTDA., 4ª edição, Rio de Janeiro, 2006, p. 477-481
- TIZARD, I. R. Anticorpos: formas solúveis de BCR. In: Imunologia Veterinária: uma introdução, Editora Roca LTDA., 6ª edição, São Paulo, 2002, p. 154-164
- TIZARD, I. R. Aplicação diagnóstica dos testes imunológicos. In: Imunologia Veterinária: uma introdução, Editora Roca LTDA., 6ª edição, São Paulo, 2002, p. 214-232
- TIZARD, I. R. Células B e suas respostas aos antígenos. In: Imunologia Veterinária: uma introdução, Editora Roca LTDA., 6ª edição, São Paulo, 2002, p. 121-139
- TIZARD, I. R. Células Dendríticas e processamento antigênico. In: Imunologia Veterinária: uma introdução, Editora Roca LTDA., 6ª edição, São Paulo, 2002, p. 64-75
- TIZARD, I. R. Imunocomplexos e hipersensibilidade do tipo III. In: Imunologia Veterinária: uma introdução, Editora Roca LTDA., 6ª edição, São Paulo, 2002, p. 373-383
- THEODOROU, K. et. al. Efficacy of rifampicin in the treatment of experimental acute canine monocytic ehrlichiosis. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 68, n. 7, p. 1619-1626, 2013
- URQUHART, G. M. et al. Protozoologia veterinária. In: URQUHART, G. M. et al. Parasitologia veterinária, Editora Guanabara Koogan S. A., segunda edição, Rio de Janeiro, 1998, p. 183-220
- VARELA, F. et. al. Thrombocytopathia and light-chain proteinuria in a dog naturally infected with Ehrlichia canis. Journal of veterinary internal medicine, v. 11, n. 5, p. 309-311, 1997
- VIEIRA, R. F. C. et al. Ehrlichiosis in Brazil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 20, n. 1, janeiro-março, p. 1-12, 2011
- VILLAESCUSA, A. et. al. Effects of doxycycline on haematology, blood chemistry and peripheral blood lymphocyte subsets of healthy dogs and dogs naturally infected with Ehrlichia canis. Veterinary Journal, v. 204, n. 3, p. 263-268, 2015
- WEISS, D; TVEDTEN, H. The complete blood count and bone marrow examination: general comments and selected techniques. In: WILLARD, M. D; TVEDTEN, H. Small Animal Clinical Diagnosis by Laboratory Methods, Elsevier LTDA., Fourth edition, Missouri. 2004 p. 14-37
Atualizado em: 19/04/2024