Contração ventricular prematura

Introdução

  • Definição

    A contração ventricular prematura (CVP), chamada em inglês de "ventricular premature contraction" (VPC), é o batimento anormal do coração realizada pelos ventrículos como resultado de um distúrbio de condução elétrica e doença ventricular, mas esse batimento não apresenta propósito algum.

    Nos casos de contração ventricular prematura, o batimento do coração ocorre antes do esperado em relação ao ritmo cardíaco normal e há uma pausa no batimento cardíaco após o batimento prematuro.

  • Sinônimos

    Complexo ventricular prematuro.


    Despolarização ventricular prematura.


    Extra-sístole ventricular.

Etiologia

  • Sem causa aparente

    Há alguns gatos senis saudáveis que apresentam contração ventricular prematura ao exame de eletrocardiograma e não apresentam alteração ao exame de ecocardiograma.

  • Hereditária

    Arritmias ventriculares hereditárias em Pastor Alemão jovem:

    O Pastor Alemão jovem pode apresentar contração ventricular prematura hereditária.


    Doença de armazenamento de glicogênio.


  • Acidente ofídico

    Mordida por cascavel.


    Mordida por víbora.

  • Alterações cardiovasculares

    A contração ventricular prematura não é característica de nenhuma alteração cardíaca específica e pode estar presente nos casos de:

    Insuficiência cardíaca congestiva.


    Cardiomiopatia dilatada:

    A identificação de uma contração ventricular prematura isolada em um Doberman sugere a presença de cardiomiopatia dilatada oculta.


    Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito:

    A identificação de uma contração ventricular prematura isolada em um Boxer sugere a presença de cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito.


    Cardiomiopatia hipertrófica.


    Cardiomiopatia restritiva.


    Cardiomiopatia não-classificada.


    Cardiomiopatia de Duchenne em Golden Retriever.


    Doença degenerativa valvar.


    Cardiopatias congênitas:

    Persistência do ducto arterioso.


    Estenose aórtica.


    Estenose pulmonar.


    Miocardite:

    Idiopática.


    Traumática.


    Viral.


    Infarto do miocárdio.


    Tromboembolismo:

    O tromboembolismo ocasiona em isquemia ou infarto do miocárdio e ocasiona na contração ventricular prematura.


    Efusão pericárdica.


    Endocardite.

  • Alterações eletrolíticas

    Hipocalcemia.


    Hipocalemia.

  • Alterações em trato gastrointestinal

  • Alterações esplênicas

    Torção esplênica.

  • Alterações hormonais

    Hipertireoidismo.


    Hipoparatireoidismo.


    Hiperparatireoidismo.


    Feocromocitoma.

  • Alterações infecciosas

    Parvovirose.


    Piometra.


    Doença de Lyme.


    Babesiose.


    Erliquiose.


    Infecção por Neorickettsia helminthoeca:

    A infecção por Neorickettsia helminthoeca ocasiona na "Doença de envenenamento por salmão".


    Tripanossomíase:

    A tripanossomíase também é conhecida como Doença de Chagas.

  • Alterações neurológicas

    Síndrome da disfunção cognitiva canina.

  • Alterações sistêmicas

    Uremia.


    Acidose metabólica.


    Hipóxia.


    Anemia.


    Sepse.


    Inflamação sistêmica.


    Febre.


    Intermação.


    Elevação na concentração sérica de catecolamina:

    O paciente ansioso, com medo, com dor ou agressivo apresenta elevação na concentração sérica de catecolamina e, consequentemente, predispõe ao desenvolvimento de contração ventricular prematura.

  • Choque


  • Choque elétrico


  • Coagulopatias

    Coagulação intravascular disseminada (CID).


  • Deficiência nutricional


  • Iatrogênico

    Pericardiocentese.

  • Intoxicações

    Intoxicação por teobromina (chocolate).


    Intoxicação por cafeína.


    Intoxicação por metanfetamina.


    Intoxicação por cocaina.


    Intoxicação por lírio-do-vale (Convallaria majalis).


    Intoxicação por rodenticida de vitamina D.


    Intoxicação por fosfeto de zinco.


    Intoxicação por hidrocarbono:

    A inalação de hidrocarbono pode ocasionar em contração ventricular prematura.

  • Medicamentos

    Cilostazol:

    O cilostazol é um medicamento utilizado para o tratamento da síndrome do nó doente.


    Antiarrítmicos:

    Amiodarona.


    Digoxina.


    Lidocaína.


    Sotalol.


    Milrinone.


    Morfina.


    Hidromorfona.


    Naloxona.


    Atropina.


    Anestesia:

    Halotano.


    Xilazina.


    Dexmedetomidina associada à atropina:

    A dexmedetomidina utilizada isoladamente não ocasiona em contração ventricular prematura.


    Doxorrubicina.


    Simpatomiméticos:

    Epinefrina.


    Dobutamina.


    Dopamina.


    Agonistas de receptor beta-2:

    Os agonistas de receptor beta-2, como o albuterol, promovem em hipóxia no miocárdio e ocasiona em contração ventricular prematura.

  • Neoplasias

    Neoplasia esplênica.


    Neoplasia cardíaca.

  • Trauma

    A contração ventricular prematura pode ocorrer imediatamente após o trauma, mas também pode iniciar nas primeiras 24 horas após o trauma.


Complicações

Fibrilação ventricular.


Taquicardia ventricular.

Sintomatologia clínica

A presença de uma contração ventricular prematura isolada pode não apresentar problema, mas normalmente indica a presença de uma afecção progressiva e potencial para o desenvolvimento de arritmias mais sérias como a taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular.


Para cada batimento cardíaco deve ter um pulso correspondente.

O pulso irregular ocorre quando há um batimento cardíaco, mas não tem um pulso correspondente a esse batimento cardíaco.

Diagnóstico

Exame físico

Ausculta cardíaca:

Conseguimos auscultar a contração ventricular prematura, que consiste em um batimento cardíaco mais suave.

Importante diferenciarmos a arritmia sinusal normal da contração ventricular prematura, pois a ausculta cardíaca pode ser similar em algumas situações dessas arritmias cardíacas.

Visualização de pulso jugular:

A visualização do pulso jugular é mais fácil de ser visualizado em pacientes de grande porte com diminuição do escore corporal enquanto que é mais difícil de visualizar o pulso jugular em pacientes de pequeno porte e com muito pelo.

Para facilitar a visualização do pulso jugular, podemos passar um algodão umedecido sobre a região da jugular.

(Foto: imagem demonstrando a visualização do pulso jugular com o auxílio de algodão úmido. [Fonte: Semiologia Veterinária: a Arte do Diagnóstico, 2014])

Palpação totrácica:

Em gatos, é possível palpar a contração ventricular prematura na superfície torácica.


Palpação do pulso femoral:

Para palpar o pulso femoral, devemos pressionar a região femoral do paciente em busca do pulso e da amplitude do pulso, pois o déficit e a alteração na amplitude do pulso femoral pode indicar arritmia cardíaca como a contração ventricular prematura e a fibrilação atrial, por exemplo.

(Foto: imagem demonstrando a  palpação do pulso femoral. [Fonte: Semiologia Veterinária: a Arte do Diagnóstico, 2014])

Exames de imagem

Complexo QRS prematuro, largo e bizarro:

O complexo QRS da contração ventricular prematura é significantemente diferente do complexo QRS normal e ocorre devido à despolarização ventricular e pela demora da transmissão elétrica realizada de miócito para miócito (a condução normal é mais rápida e é realizada pelo sistema His-Purkinje nos ventrículos).


Complexo QRS bizarro não associado à onda P:

O complexo QRS bizarro da contração ventricular prematura não é conduzido por uma onda P.

Na contração ventricular prematura, a onda P não tem correlação com o complexo QRS.


Pausa compensatória no batimento cardíaco após a contração ventricular prematura é típica:

Haverá uma pausa compensatória entre as contrações ventriculares prematuras, pois o nó sinusal realiza essa pausa para avaliar o motivo pelo qual ocorreu essa contração ventricular prematura. 

A pausa compensatória nos casos de contração ventricular prematura pode ser de origem sinusal ou não.


Polaridade da onda T normalmente está invertida.


Perda do segmento ST.


Redução do intervalo R-R:

O intervalo R-R da contração ventricular prematura é irregular.


Contrações ventriculares prematuros intercalados com ritmos sinusais:

Quando houver contrações ventriculares prematuros intercalados com ritmos sinusais, o quadro é chamado de bigeminismo ventricular, sendo que geralmente o bigeminismo ventricular está associado às cardiomiopatias.

Quando há bigeminismo ventricular, significa que o sistema de condução está competindo com o foco ectópico.

O estímulo elétrico gerado pelo sistema de condução se sobrepõe ao ritmo do foco ectópico e retoma o ritmo normal ventricular. Entretanto, o foco ectópico se sobrepõe novamente sobre o estímulo elétrico gerado pelo sistema de condução e retoma novamente o ritmo ventricular.


Derivação II positiva:

A contração ventricular prematura geralmente é positiva na derivação II, sugerindo origem em ventrículo direito.

(Foto: imagem demonstrando a presença de 2 contrações ventriculares prematuras seguidas (seta). [(Fonte: Vestberg, 2017])

O que é:

O Holter é um eletrocardiograma de 24 horas ambulatorial que  detecta arritmias com maior sensibilidade quando comparado com o eletrocardiograma.


Indicação:

Cães com histórico familiar de afecção cardíaca:

O Holter auxilia no diagnóstico de cardiomiopatia dilatada ou de cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito mesmo em pacientes que não apresentam qualquer sintoma e estão clinicamente saudáveis.


Cães que apresentaram síncope ou outro sintoma de diminuição do débito cardíaco.


Múltiplas avaliações:

Caso o resultado do Holter for inconclusivo inicialmente, podem ser necessárias diversas avaliações com Holter.

Diagnósticos diferenciais

Ritmo de escape ventricular.


Ritmo sinusal com bloqueio de ramo direito ou esquerdo ou bloqueio fascicular.


Desvio do eixo direito devido ao aumento do ventrículo direito ou deslocamento do coração.


Ritmo idioventricular acelerado.


Artefato de movimentação.


Taquicardia macrorrentrante (pré-excitação).

Hipercalemia.

Tratamento

  • Quando tratar?

    Sintomas associados com diminuição do débito cardíaco:

    Os sintomas associados com diminuição do débito cardíaco são:

    Fraqueza.


    Síncope.


    Hipotensão arterial sistêmica.


    Mucosas hipocoradas.


    Mais de 20 a 30 contrações ventriculares prematuras/minuto.


    Presença de 3 ou mais contrações ventriculares prematuras seguidas:

    A presença de 3 ou mais contrações ventriculares prematuras consecutivas sugere um potencial para o desenvolvimento de taquicardia ventricular e, possivelmente, fibrilação ventricular.


    Contrações ventriculares prematuras multiformes:

    A contração ventricular prematura multiforme, também chamada na literatura de "contração ventricular prematura multifocal",  geralmente ocorre em mais de um sítio ventricular e apresenta diferentes formas.


    Fenômeno R sobre T:

    O fenômeno R sobre T ocorre quando a contração ventricular prematura ocorre imediatamente após um batimento cardíaco normal dentro da onda T e isso pode presdispor ao desenvolvimento de sérias arritmias ventriculares como a fibrilação ventricular.


    Taquicardia ventricular sustentada:

    Caso o cão apresentar frequência cardíaca superior a 160 batimentos por minuto e o gato apresentar frequência cardíaca superior a 220 batimentos por minuto (bpm), importante realizarmos o tratamento da contração ventricular prematura.


    Alterações cardíacas:

    Quando houver cardiopatia pré-existente.


    Pacientes histórico familiar de doenças cardíacas:

    Normalmente os Boxers e Dobermans apresentam predisposição a apresentar cardiopatia como a cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito e cardiomiopatia dilatada, respectivamente.


    Quando não for revertida condições sistêmicas:

    Alterações eletrolítica.


    Alterações ácido-base.


    Hipóxia.

  • Tratar alteração primária

    Importante realizar o tratamento da alteração que está ocasionando na contração ventricular prematura como a hipocalemia, por exemplo, pois o tratamento isolado da contração ventricular prematura pode não ser eficiente.

Medicamentos

Indicação:

O medicamento de escolha para o tratamento das arritmias ventriculares como a contração ventricular prematura e a taquicardia ventricular, por exemplo, é a lidocaína, pois a lidocaína afeta seletivamente as células anormais sem afetar a automaticidade ou a condução em células normais.


Contraindicações:

Gatos:

Não é recomendado utilizar a lidocaína em gatos devido à maior sensibilidade do medicamento no sistema nervoso central, devido ao efeito cardiodepressor e devido às alterações em vias aéreas.


Efeitos colaterais: 

Náusea.


Vômito.


Bradicardia.


Hipotensão arterial sistêmica.


Obstrução respiratória.


Parada respiratória.


Alterações neurológicas:

- Agitação.


- Desorientação.


- Tremores musculares.


- Nistagmo.


- Convulsões.


Normalizar potássio sérico:

A lidocaína não é efetiva em casos de hipocalemia.


Dose:

Em bolus:

- Realizar em 5 minutos: a administração de lidocaína em bolus em 5 minutos diminui a possibilidade de o paciente desenvolver os efeitos colaterais como convulsão ou quadros eméticos, por exemplo. A administração deve ser interrompida imediatamente caso o paciente apresentar algum efeito colateral associado à administração de lidocaína. Caso a dose de lidocaína estiver correta, importante reduzir a dose administrada pela metade e iniciar novamente a administração de lidocaína caso ainda julgar necessário.


- Cães: a dose de lidocaína em bolus é de 1 a 2 mg/kg, pela via intravenosa.  Entretanto, a dose de lidocaína pode ser repetida em um intervalo de 15 minutos até chegar a 8 mg/kg.


- Gatos: caso for necessário utilizar a lidocaína em gatos, a dose utilizada é de 0,25 a 1,0 mg/kg, pela via intravenosa, administrada lentamente.


Infusão contínua:

- Cães: a dose de lidocaína em infusão contínua em cães é de 25 a 100 μg/Kg/min, pela via intravenosa.


- Gatos: a dose de lidocaína em infusão contínua em gatos, quando necessária, é de 10 a 40 μg/Kg/min, pela via intravenosa.

Indicações:

O bloqueador de canal de sódio pode ser utilizado para controlar as arritmias ventriculares quando o tratamento com lidocaína não surtir o efeito desejado.


Efeitos colaterais:

Bradicardia.


Hipotensão arterial sistêmica.


Vômito.


Diarreia.


Procainamida:

Dose:

- Em bolus:

  • Cães: a dose de procainamida em bolus utilizada em cães é de 5 a 15 mg/kg, pela via intravenosa, a cada 8 horas. A administração de procainamida em bolus deve ser realizada lentamente em 10 minutos. A procainamida também pode ser realizada em bolus pela via intramuscular na dose de 8 a 20 mg/kg, a cada 6 horas.

  • Gatos: a dose de procainamida em bolus utilizada em gatos é de 3 a 8 mg/kg, realizada em 10 minutos pela via intravenosa.

- Infusão contínua:

  • Cães: a dose de procainamida em infusão contínua utilizada em cães é de 10 a 50 μg/Kg/min, pela via intravenosa.

Indicação:

Utilizamos o betabloqueador quando o  tratamento com lidocaína e procainamida não surtirem efeito.


Efeitos colaterais:

Diminuição do débito cardíaco.


Bradicardia.


Hipotensão arterial sistêmica.


Broncoespasmos.


Hipoglicemia.


Bloqueio atrioventricular:

O atenolol pode ocasionar em bloqueio atrioventricular.


Alterações neurológicas:

- Depressão do sistema nervoso central.


- Desorientação.


Esmolol:

Dose:

- Em bolus: a dose de esmolol utilizada em bolus é de 0,5 mg/kg, realizada lentamente pela via intravenosa.


- Infusão contínua: a dose de esmolol utilizada em infusão contínua é de 50 a 200 μg/Kg/min.


Propranolol:

Dose:

- Via oral:

  • Cães: a dose de propranolol utilizada pela via oral é de 2 a 4 mg/kg.

  • Gato: a dose de propranolol utilizada em bolus utilizada em gatos é de 0,25 a 0,5 mg/gato realizada lentamente em 10 minutos pela via intravenosa ou pela via intramuscular.

- Em bolus:

  • Cães: a dose de propranolol utilizada em bolus utilizada em cães é de 0,1 a 1,0 mg/kg realizada lentamente pela via intravenosa ou pela via intramuscular, a cada 8 horas. A dose de 0,3 mg/kg já pode ser considerada como uma dose alta.

  • Gato: a dose de propranolol utilizada em gatos é de 2,5 a 5,0 mg/gato, pela via oral, a cada 8 a 12 horas.

Metoprolol:

Dose:

- Cães: a dose de metoprolol utilizada em cães é de 0,1 a 0,3 mg/kg, a cada 8 horas.


- Gatos: a dose de metoprolol utilizada em gatos é de 2 a 15 mg/gato, pela via oral, a cada 8 a 12 horas.


Atenolol:

Dose:

A dose de atenolol utilizada é de 0,25 a 1,0 mg/kg, pela via oral.

Classe I:

Introdução:

Os antiarrítmicos de classe I são utilizados na fase de manutenção da contração ventricular prematura e há bons resultados com a sua utilização.


Medicamento:

- Quinidina:

  • Dose: a dose de quinidina utilizada é de 6 a 20 mg/kg pela via oral, pela via intramuscular ou pela via intravenosa, a cada 6 ou 8 horas.

Classe IB:

Introdução:

Os antiarrítmicos de classe IB apresentam ação semelhante à lidocaína e são utilizados na fase de manutenção da contração ventricular prematura.


Efeitos colaterais:

- Alterações gastrointestinais:

  • Anorexia.

  • Náusea.

- Alterações oculares:

  • Distrofia corneana endotelial.

  • Edema de córnea.

- Alterações neurológicas:

  • Tremores de cabeça.

  • Fraqueza.

  • Ataxia.

  • Ansiedade.

Medicamentos:

- Tocainida:

  • Dose: a dose de tocainida utilizada é de 15 a 20 mg/kg, pela via oral, a cada 8 horas.

- Mexiletina:

  • Dose: a dose de mexiletina é de 0,25 a 8,0 mg/kg, pela via oral, a cada 8 ou 12 horas.

O ômega 3, que é um ácido graxo, pode reduzir as arritmias.

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Atualizado em: 12/03/2024