Alterações morfológicas dos eritrócitos

Tamanho

Anisocitose

A anisocitose indica a presença de eritrócitos de tamanhos diferentes.

(Foto: anisocitose em paciente sem anemia [Fonte: Harvey, 2001])

Pacientes saudáveis: 

Pacientes saudáveis apresentam anisocitose moderada devido à presença de pequena quantidade de reticulócitos.

Os reticulócitos são células jovens liberadas pela medula óssea  que apresentam coloração avermelhados-azulados e que apresentam tamanho maior quando comparado com os eritrócitos.


Anemia regenerativa: 

A anisocitose é importante nos casos de anemia regenerativa.


Deficiência de ácido fólico e vitamina B12.


Deficiência por ferro?:

A deficiência por ferro ocasiona em microcitose ocasionando em falsa impressão de anisocitose.


Doença renal crônica.


Inflamação.


Síndrome hemolítica urêmica.

Macrocitose

A macrocitose indica a presença de eritrócitos de volume e de diâmetro aumentado.

Geralmente os pacientes com macrocitose apresentam aumento do volume corpuscular médio (VCM) ao hemograma.

(Foto: presença de macrócito (seta azul) [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

Anemia regenerativa.


Congênito e hereditário:

Os cães da raça Poodle Miniatura e Poodle Toy podem apresentar macrocitose familiar.


Hipernatremia.


Medicamentos anticonvulsivantes (antifolato).


Síndromes mielodisplásicas.


Vírus da leucemia felina (FeLV).

Microcitose

A microcitose indica a presença de eritrócitos de volume e de diâmetro reduzidos.

(Foto: presença de micrócito (seta amarela) [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

Deficiência de ferro:

Devido à síntese prejudicada de heme, o eritrócito sofre mais uma divisão.


Diseritropoese:

A diseritropoese é a eritropoese alterada na medula óssea.

A microcitose devido à desitropoese ocorre nos cães da raça Springer Spaniel Inglês.


Hiponatremia.


Microcitose hereditária:

A microcitose hereditária está presente nos cães das raças Akita e Shiba Inu.


Shunt-portossistêmico.

Coloração

Policromatofilia e policromasia

Eritrócitos policromatófilos:

O eritrócito policromatófilo corresponde a presença de reticulócitos de coloração avermelhados-azulados devido à presença tanto de mitocôndria quanto de ribossomo intracelular.


Policromasia:

A policromasia indica a presença de elevada quantidade de policromatofilia.

(Foto: presença de eritrócitos policromatófilos (setas) [Fonte: Weiss, 2010])

Anemia regenerativa ou em fases de remissão da anemia.


Doenças hemolíticas.


Elevação da eritropoese.


Pacientes saudáveis: 

O eritrócito policromatófilos pode ser visualizada em quantidade de até 1,5% em cães saudáveis, mesmo quando o hematócrito estiver normalizado, e normalmente está acompanhada de elevação na quantidade de reticulócitos.


Perda de sangue.

Hipercromia

Normalmente a hipercromia está associada aos erros de pré-avaliação e durante a avaliação e não está relacionada à uma afecção em si.

Hemólise:

A hipercromia geralmente está associada à hemólise.

A presença de hemólise ocasiona em um artefato que faz com que que o eritrócito apresente mais hemoglobina do que quando não há hemólise.


Corpúsculo de Heinz:

Assim como nos casos de hemólise, a presença de corpúsculo de Heinz ocasiona em um artefato que indica que o eritrócito apresente mais hemoglobina do que um eritrócito sem corpúsculo de Heinz.


Esferócitos.

Hipocromia

A hipocromia indica eritrócitos com diminuição do conteúdo da hemoglobina ou com diminuição da intensidade da coloração.

(Foto: presença de hipocromia devido à anemia ocasionada pela deficiência de ferro em um cão [Fonte: Harvey, 2010]) 

Deficiência de ferro: 

O ferro é necessário para a formação de heme. 

A deficiência de ferro ocasiona na diminuição de hemoglobina.


Deficiência de vitamina B6.


Deficiência prolongada de cobre.


Torócito:

A hipocromia deve ser diferenciada de um torócito, que normalmente é considerado como um artefato.


Síndrome mielodisplásicas.

Formato

Poiquilocitose

A poiquilocitose é um termo não específico que indica alteração no formato do eritrócito.

A poiquilocitose ocorre devido às alterações na estrutura do eritrócito, na condição da hemoglobina e/ou na arquitetura da medula óssea.

Auxílio no diagnóstico diferencial:

A avaliação da alteração no formato do eritrócito nos fornece informações importantes que podem nos auxiliar no diagnóstico diferencial das doenças de seres humanos, cães e gatos, por exemplo.


Menor tempo de sobrevida do eritrócito:

A alteração no formato do eritrócito está associada ao menor tempo de sobrevida do eritrócito e a fragmentação de eritrócito de formato anormal pode ocasionar em hemólise subclínica.


Anemia mais importante:

Gatos com poiquilocitose tendem a ser mais anêmicos quando comparados com gatos que não apresentam poiquilocitose.


Maior chance de ocorrer doenças cardiovasculares:

Na medicina humana, a alteração na morfologia dos eritrócitos está associada à maior risco do ser humano desenvolver doenças cardiovasculares.

Acantócito

O acantócito, também chamado de esporão, é a presença de um eritrócito de tamanho variável e que apresenta projeções irregulares com pontas arredondadas, também chamadas de espículas ou ferrões. O número de projeções que o acantócito apresenta é maior do que 2 e as projeções são espaçadas de forma desigual e podem variar de comprimento.

O acantócito está associado ao aumento da quantidade de colesterol presente na membrana do eritrócito, associado à fragmentação do eritrócito e associado ao menor tempo de sobrevida do eritrócito.

O acantócito não é muito flexível e, consequentemente, somente passa pelos capilares sanguíneos se deformando.

A remoção do acantócito é realizada pelo baço.

(Foto: presença de acantócito (seta azul) [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

Cães:

Alimentação com grande quantidade de colesterol.


Alteração no metabolismo lipídico.


Babesiose.


Coagulação intravascular disseminada (CID).


Doença hepática:

Acredita-se que as doenças hepáticas como o shunt portossistêmico, por exemplo, aumente a quantidade de colesterol presente na membrana do eritrócito. 

A doença hepática também ocasiona em diminuição de uma enzima chamada de lecitina-colesterol-aciltransferase, que é responsável pela esterificação do colesterol, há o aumento da quantidade de colesterol livre e maior captação de colesterol pela membrana do eritrócito.


Doença renal crônica.


Fragmentação do eritrócito:

A fragmentação do eritrócito ocorre em vasos sanguíneos tortuosos e com baixa oxigenação.


Genética:

O polimorfismo genético pode ocasionar na formação de acantócitos.


Glomerulonefrite.


Hematoma esplênico.


Neoplasia:

- Hemangiossarcoma.

- Linfoma.


Gatos:

Colangiohepatite.


Doenças hepáticas.


Lipidose hepática:

Os acantócitos podem estar presentes nos casos de lipidose hepática nos gatos, por exemplo.

Apesar dos gatos com lipidose hepática apresentarem grande quantidade de poiquilocitose, essa afecção normalmente não ocasiona em hipercolesterolemia e isso pode indicar outros mecanismos para a formação de acantócitos nos gatos com lipidose hepática.

Ceratócito

Os ceratócitos são eritrócitos espiculados que apresentam de 1 a 2 espículas, que são pseudovacúolos, e que indica fragmentação do eritrócito. 

A formação do ceratócitos está associada com lesão microvascular, principalmente quando há depósito de malha de fibrina.

(Foto: presença de ceratócito (seta) [Fonte: Weiss, 2010])

Cães:

Coagulação intravascular disseminada (CID).


Glomerulonefrite.


Insuficiência cardíaca congestiva.


Medicamentos:

- Doxorrubicina.


Mielofibrose.


Neoplasia:

- Hemangiossarcoma.


Gatos:

Alterações hepáticas.


Coagulação intravascular disseminada (CID).


Medicamentoso:

- Doxorrubicina.


Neoplasia:

- Hemangiossarcoma.

Codócito

O codócito, também chamado de “células-alvo”, “chapéu mexicano” ou de “olho de boi”, é um eritrócito que apresenta uma área central de hemoglobina cercada por uma borda pálida com hemoglobina na periferia da célula. 

Assim como o acantócito, o codócito apresenta uma maior quantidade de colesterol na membrana do eritrócito.

(Foto: presença de codócitos (seta azul). [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

Anemia regenerativa.


Deficiência de ferro.


Diseritropoese congênita.


Doenças colestáticas.


Doenças esplênicas.


Doenças hepáticas.


Doenças renais.


Insuficiência cardíaca.


Pacientes esplenectomizados.


Pacientes saudáveis.

(Foto: presença de codócitos (setas). [Fonte:  Weiss, 2010])

Cristais de hemoglobina

Os cristais de hemoglobina são hemoglobinas instáveis que precipitam no eritrócito e ocasionam na alteração na morfologia do eritrócito.

(Foto: presença de cristal de hemoglobina (seta) [Fonte: Weiss, 2010])

Cães: 

Os cristais de hemoglobina já foram visualizados em cães com:

Insuficiência cardíaca.


Deficiência de riboflavina.


Idiopática:

Além de ser uma alteração raramente documentada na medicina veterinária, a etiologia dos cristais de hemoglobina é idiopática.

(Foto: presença de cristal de hemoglobina [Fonte: Harvey, 2001])

Dacriócito

Os dacriócitos são eritrócitos que apresentam formato de lágrima que adquirem esse formato quando a membrana do eritrócito é lesada e distorcida à medida que passam pelos vasos do baço ou pelos vasos da medula óssea.

(Foto: presença de dacriócito (seta) [Fonte: Weiss, 2010])

Alterações mieloproliferativas.


Esplenomegalia.


Glomerulonefrite.


Insuficiência cardíaca.

(Foto: presença de dacriócitos (setas azuis) [Fonte:  Montoya-Navarrete, 2022])

Eliptócito

Os eliptócitos, também chamados de ovalócitos, são eritrócitos que não apresentam o formato bicôncavo, mas apresentam formato oval, plana e não são nucleados.

(Foto: presença de eliptócito (seta) [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

Cães: 

Alterações mielodisplásicas.


Glomerulonefrite.


Hereditário:

- Deficiência de proteína 4.1 hereditária.


- Presença de ß-espectrina mutante: a espectrina é o principal composto do citoesqueleto do eritrócito.


Mielofibrose.


Gatos:

Alterações hepáticas.


Alterações mieloproliferativas.


Medicamentos:

- Doxorrubicina.

(Foto: presença de eliptócitos [Fonte: Weiss, 2010])

Equinócito

Os equinócitos, também chamados de cremação, são eritrócitos espiculados com projeções dispersas e curtas. Diferentemente das projeções dos acantócitos, as projeções dos equinócitos são curtas e regularmente espaçadas.

Os equinócitos se formam quando a bicamada lipídica da membrana celular se expande em relação à camada interna.

Os mecanismos de formação do equinócito são depleção de adenosina trifosfato (ATP), administração de medicamentos anfipáticos, sobrecarga de cálcio ou quando há desidratação dos eritrócitos.

(Foto: presença de equinócitos [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

O formato do equinócito pode ser de:

Discoequinócitos.


Esferoequinócito altamente espiculado.


Ovaloequinócitos.

(Foto: presença de ovaloequinócito [Fonte: Weiss, 2010])

Alcalose.


Anemia hemolítica imunomediada.


Deficiência de piruvatoquinase.


Depleção de eletrólitos.


Doença renal crônica.


Uremia:

A uremia aumenta a entrada de cálcio ionizado e a saída de fosfatidilserina da membrana do eritrócito e aumenta a rigidez celular.


Envenenamento por cascavel.


Glomerulonefrite.


Neoplasias:

Linfoma.


Hemangiossarcoma.


Medicamentoso:

Furosemida.


Doxorrubicina.


Relacionado à amostra de sangue coletada:

Artefato no manuseio da amostra.


Armazenamento prolongado da amostra.


Baixo volume de sangue coletado em relação à quantidade de EDTA no frasco.


Durante preparação da lâmina.

Eritrócito em formato de trevo de quatro folhas

O eritrócito em formato de trevo de quatro folhas é adesão de eritrócitos, fazendo com que adquira formato de cruz.

O eritrócito em formato de trevo de quatro folhas representa a adesão de mais de um eritrócito, sendo diferente da autoaglutinação e da formação de Rouleaux, e apresenta formato arredontado, diferente do dacriócito que apresenta extremidade pontiaguda.

A visualização do eritrócito em formato de trevo de quatro folhas é rara e pode acometer cães de todas as idades, mas acomete principalmente os cães mais senis.

(Foto: presença de eritrócito em formato de trevo de quatro folhas (seta azul) e presença de acantócitos (setas amarelas) [Fonte:  Montoya-Navarrete, 2022])

Distúrbios gastrointestinais.


Neoplasias:

Mastocitoma.


Linfoma.


Pacientes saudáveis:

Durante a circulação sanguínea, ocorre a colisão entre os eritrócitos e a colisão do eritrócito com a parede celular ocasionando na adesão dos eritrócitos.

Na rápida e curta colisão dos eritrócitos não ocorre a adesão celular, mas caso a colisão for realizada vagarosamente, há um cisalhamento das membrenas dos eritrócitos e há uma maior chance de ocorrer a adesão entre os eritrócitos.


Relacionado à amostra:

Propriedade quelante do EDTA:

A concentração de EDTA em relação à quantidade de sangue coletada e o tipo de EDTA podem ocasionar no eritrócito em formato de trevo de quatro folhas.


Durante preparação do esfregaço sanguíneo.

(Foto: presença de eritrócito em formato de trevo de quatro folhas [Fonte: Gavazza, 2014])

Esferócito

Os esferócitos são eritrócitos que apresentam formato esférico. 

O eritrócito sofre fragmentação, perde o seu formato bicôncavo e torna-se esférico.

Ao exame microscópico, o esferócito é um pouco mais escuro e menor quando comparado com o eritrócito saudável.

(Foto: presença de esferócito (seta azul) [Fonte:  Montoya-Navarrete, 2022])

Anemia hemolítica imunomediada:

O esferócito ocorre devido à ligação de anticorpos ou fixação do complemento na membrana do eritrócito e parte da membrana do eritrócito é fagocitada ou perfurada, promovendo a alteração no formato do eritrócito.

O esferócito é um indicador sensível de anemia hemolítica imunomediada em cães, mas é difícil de identificar o esferócito nos gatos devido ao pequeno tamanho normal do eritrócito.


Deficiência de piruvato-quinase.


Envenenamento por cobra coral e víbora.


Hereditário:

O esferócito pode estar presente nos casos de defeito molecular em uma ou mais das proteínas do citoesqueleto do eritrócito, devido à deficiência de espectrina, deficiência de espectrina associada à deficiência de anquirina e deficiência de proteína da banda 3.


Hemoparasitas.


Hipofosfatemia.


Isoeritrólise neonatal.


Transfusão de sangue.


Toxicidade por zinco.

Esquizócito

O esquizócito é um fragmento do eritrócito, que apresenta formato que varia de angular, pontiagudo, triangular ou espiculado.

(Foto: presença de poiquilocitose importante com alguns esquizócitos (setas) [Fonte:  Weiss, 2010])

Primária:

Lesão direta do eritrócito.


Secundária:

Anemia hemolítica microangiopática.


Anormalidades vasculares:

O eritrócito é lesado assim que passa por uma malha de fibrina de um microtrombo.


Coagulação intravascular disseminada (CID).


Deficiência de ferro.


Diseritropoese.


Doenças hepáticas.


Fluxo sanguíneo turbulento.


Glomerulonefrite.


Insuficiência cardíaca.


Insuficiência renal crônica.


Medicamentos:

- Doxorrubicina.


Mielofibrose.


Neoplasia:

- Hemangiossarcoma.


- Histiocitose hemofagocítica.


Vasculite.

(Foto: presença de esquizócito e codócitos [Fonte: Harvey, 2001])

Estomatócito

O estomatócito é um eritrócito que apresenta uma faixa estreita e alongada de coloração pálida na região central, se semelhando a uma boca ou a uma tigela.

(Foto: presença de estomatócitos [Fonte: Harvey, 2001])

Anemia hemolítica.


Eritropoese elevada.


Hereditário:

Malamute do Alasca.


Spaniel Perdigueiro de Drente (Drentse patrijshond).


Schnauzer.


Insuficiência cardíaca.

(Foto: presença de estomatócito (pentágono vermelho) [Fonte:  Montoya-Navarrete, 2022])

Excentrócito

Os excentrócitos, também chamados de eritrócitos semifantasmas, são eritrócitos em que parte da membrana celular se fundiu com outro eritrócito e a outra parte em que apresenta hemoglobina deslocada para o centro do eritrócito, deixando uma área pálida e livre de hemoglobina. 

Quando a hemoglobina é deslocada, a hemoglobina adquire um formato esférico, mas isso não é um esferócito. 

Os excentrócitos estão associados com lesão oxidativas na membrana celular e no citoesqueleto.

(Foto: presença de excentrócitos [Fonte:  Harvey, 2001])

Diabetes mellitus.


Infecções severas.


Ingestão de substâncias que causam lesão oxidativas:

As cebolas, os alhos e a vitamina K ocasionam em lesão oxidativa no eritrócito e o excentrócito se forma.


Medicametos:

Acetilfenilhidrazina.


Dipirona (metamizol).


Paracetamol (acetoaminofeno).


Neoplasias:

Linfoma de células T.

Knizócito

O knizócito é um eritrócito tricôncavo.

(Foto: presença de knizócitos [Fonte: Harvey, 2001])

Anemia hemolítica.


Anemia regenerativa.

(Foto: presença de knizócitos (seta amarela) [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

Leptócito

Os leptócitos são eritrócitos finos com membrana celular mais espessa e que podem apresentar formato de outra poiquilocitose como codócito e knizócito, por exemplo. O leptócito tende a se tornar em knizócito.

Importante diferenciarmos o leptócito de hipocromia, pois a área central do leptócito também é pálido.

(Foto: presença de leptócito [Fonte: Harvey, 2001])

Anemia regenerativa.


Doenças colestáticas.


Doenças crônicas.


Deficiência de ferro.


Doenças esplênicas.


Doenças hepáticas.


Icterícia obstrutiva.

(Foto: leptócito (seta azul). [Fonte: Montoya-Navarrete, 2022])

Pcnócito

O picnócito é o excentrócito que apresentou colapso da membrana celular sendo que a visualização da membrana celular não é facilmente observada.

Importante diferenciarmos o picnócito do esferócito. Entretanto, apesar de o picnócito também ser esférico, o picnócito apresenta uma pequena marca de citoplasma.

(Foto: presença de picnócito (canto superior esquerdo) e excentrócitos. [Fonte: Harvey, 2001])

Distribuição

Autoaglutinação

A autoaglutinação é a agregação imunomediada dos eritrócitos em aglomerados semelhantes a cachos de uvas.

A autoaglutinação de eritrócitos ocorre devido à presença de imunoglobulinas, principalmente de imunoglobulina M (IgM), imunoglobulina G (IgG) e imunoglobulina A (IgA) que estão ligadas à superfície da membrana dos eritrócitos.

(Foto: presença de autoaglutinação de eritrócitos devido à anemia hemolítica imunomediada [Fonte: Weiss, 2010])

A autoaglutinação dos eritrócitos pode ser visualizada tanto através da parede do tubo de coleta de EDTA quanto através da visualização de eritrócitos aglutinados ao exame microscópico.

(Foto: presença de autoaglutinação macroscópica em parede de tubo de EDTA [Fonte: Jericó, 2015])

Anemia hemolítica imunomediada:

A presença de autoaglutinação indica que o paciente apresenta anemia hemolítica imunomediada grave com alta taxa de mortalidade.

A visualização de estruturas de autoaglutinação na parede do tubo de coleta de EDTA apresenta alta especificidade e baixa sensibilidade para o diagnóstico de anemia hemolítica imunomediada.


Transfusão sanguínea.

(Foto: presença de autoaglutinação de eritrócitos devido à anemia hemolítica imunomediada [Fonte: Harvey, 2001])

Formação de Rouleaux

A formação de Rouleax é a adesão dos eritrócitos em cadeia semelhante a uma cadeia de moedas.

(Foto: presença de formação de Rouleaux [Fonte: Weiss, 2010])

Assim como nos casos de autoaglutinação, a formação de Rouleaux pode ser visualizada através da parede do tubo de coleta de EDTA, mas dificilmente conseguimos diferenciar essas alterações através da visualização da parede do tubo de coleta e geralmente conseguimos diferenciar através de algumas técnicas durante o esfregaço de sangue.

Cães e gatos saudáveis.


Doenças inflamatórias:

As doenças inflamatórias promovem a elevação de fibrinogênio e outras globulinas, que potencializam a formação de Rouleaux.


Produção excessivas de anticorpo:

A formação de Rouleaux pode ser visualizada em casos de neoplasias linfoides como o mieloma de células plasmáticas, por exemplo, que são neoplasias que normalmente produzem grande quantidade de anticorpos.

(Foto: presença de formação de Rouleaux [Fonte: Harvey, 2001])

Inclusão intraeritrocitária e agentes infecciosos de eritrócitos

Agentes infecciosos de eritrócitos


(Foto: presença de Cytauxzoon felis  (seta) acometendo eritrócito de um gato [Fonte, Weiss, 2010])

(Foto: presença de Micoplasma haemocanis  [Fonte: Weiss, 2010])

(Foto: presença de Micoplasma haemofelis  parasitando o eritrócito com M. haemofelis  livre (setas) [Fonte: Weiss, 2010])

Corpúsculo de Heinz

O corpúsculo de Heinz indica a presença de pequenos agregados de hemoglobina oxidados na superfície do eritrócito.

O corpúsculo de Heinz indica uma lesão oxidativa irreversível.

(Foto: presença de corpúsculos de Heinz (seta) em esfregaço de sangue de gato [Fonte: Weiss, 2010])

Diminuição da sobrevida dos eritrócitos:

Os corpúsculos de Heinz diminuem a sobrevida dos eritrócitos por tornarem esse eritrócito mais frágil e com maior tendência a ruptura tanto no meio intravascular quanto no meio extravascular, sendo que esse eritrócito também se rompe durante a centrifugação do microhematócrito.


Hemólise:

A hemólise pode ocorrer devido à oxidação do eritrócito.

(Foto: presença de corpúsculos de Heinz (setas) [Fonte: Weiss, 2010])

Alimentos e produtos alimentares:

Cães e gatos:

A ingestão de cebola, cebolinha chinesa, alho-poró, alho, couve, couve-flor, cogumelos, mostarda, brócolis, e propilenoglicol no alimento promove a formação de corpúsculos de Heinz.

Os alimentos citados promovem na formação de corpúsculos de Heinz, independentemente se estiverem cruas, cozidas ou desidratadas.


Gatos:

Há elevação na concentração de corpúsculos de Heinz em gatos que se alimentam com uma dieta a base de peixe.


Doenças hormonais:

Cetoacidose diabética.


Diabetes mellitus.


Hipertireoidismo.


Doença renal crônica:

A presença de corpúsculos de Heinz na doença renal crônica ocorre devido à inflamação sistêmica e elevada lesão oxidativa celular e diminuição da remoção do corpúsculos de Heinz da circulação sanguínea devido à diminuição da atividade fagocitária dos macrófagos.


Envenenamento:

Picadas de insetos.


Cobra coral e víbora.


Aranha.


Spray de gambá.


Hipofosfatemia.


Intoxicação e medicamentos:

Vitamina K e antagonistas de vitamina K:

A vitamina K3 é mais tóxica e menos efetiva quando comparada com a vitamia K1.


Zinco.


Cobre.


Detergentes.


Acepromazina.


Azul de metileno.


Ácido acetilsalicílico.


Benzocaína.


Bupivacaína.


Cloranfenicol.


Dipirona (metamizol):

A dipirona pode diminuir a sobrevida do eritrócito dos gatos em 7 a 8 dias.


Fenazopiridina.


Fenotiazina.


Griseofulvina.


Hidroxiuréia.


Lidocaína.


Naftalina (naftaleno).


Paracetamol (acetoaminofeno).


Prilocaína.


Propofol.


Sulfa com trimetropim.


Tetracaína.


Lipidose hepática.


Pacientes saudáveis:

Gatos:

O valor menor do que 5% dos eritrócitos dos gatos saudáveis que não apresentam anemia podem apresentar corpúsculos de Heinz.

Entretanto, alguns gatos saudáveis podem apresentar elevada quantidade de corpúsculos de Heinz e não terem sido expostos a substâncias químicas ou medicamentos oxidantes, pois o baço dos gatos é relativamente ineficaz em eliminar esses eritrócitos com corpúsculos de Heinz. 

Os gatos são mais susceptíveis à formação de corpúsculos de Heinz, com posterior formação de metahemoglobinemia, devido à:

- Diferente composição da membrana fosfolipídica do eritrócito.


- Características da hemoglobina dos gatos.


- Fácil dissociação da hemoglobina dos gatos.


- Presença de 8 grupos de sulfidrilas oxidáveis: a presença de 8 grupos de sulfidrilas oxidáveis torna os eritrócitos dos gatos mais instáveis e mais susceptível à formação de corpúsculo de Heinz. Os gatos apresentam 6 vezes mais sulfodrilas oxidáveis quando comparado com outros mamíferos.


Superhidratação.

(Foto: presença de corpúsculos de Heinz (setas) [Fonte: Willard, 2012])

Corpúsculo de Howell-Jolly

O corpúsculo de Howell-Jolly é a presença de restos de núcleo celular que não foram eliminados quando o eritrócito saiu da medula óssea.

Os corpúsculos de Howell-Jolly normalmente são removidos pelo baço.

(Foto: presença de corpúsculo de Howell-Jolly (seta) [Fonte: Weiss, 2010])

Hereditária:

Os Poodles miniaturas e Poodles Toy com macrocitose hereditária podem apresentar elevação na quantidade de corpúsculo de Howell-Jolly.


Hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing) ou tratamento com anti-inflamatório esteroidal:

O anti-inflamatório esteroidal diminui a função dos fagócitos e isso pode aumentar a quantidade de corpúsculos de Howell-Jolly no sangue.


Hipofunção de baço.


Pacientes esplenectomizados.


Pacientes saudáveis: 

O corpúsculo de Howell-Jolly pode ser visualizado em cães e gatos saudáveis.

Entretanto, como o baço dos gatos são menos eficazes em eliminar os eritrócitos alterados, a presença de corpúsculos de Howell-Jolly em gatos saudáveis é mais comum quando comparado com a presença de corpúsculos de Howell-Jolly em cães saudáveis. Aproximadamente 0 a 1% dos eritrócitos de gatos saudáveis podem apresentar corpúsculos de Howell-Jolly.


Resposta à anemia.

(Foto: presença de corpúsculos de Howell-Jolly [Fonte: Harvey, 2001])

Corpúsculo de Lentz

O corpúsculo de Lentz é o resultado de resquícios de replicação viral presentes no interior do citoplasma celular e/ou no interior do núcleo celular, ou seja, são corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos e/ou intranuclear tanto de células vermelhas quanto de células brancas, além de outras células do organismo.

O corpúsculo de Lentz pode se formar durante a formação do eritrócito na medula óssea, que é uma célula nucleada, e pode persistir após o eritrócito ir para a circulação sanguínea e perder o seu núcleo.

(Foto: presença de corpúsculo de Lentz em eritrócito [Fonte: Silva, 2017])

Cinomose.

(Foto: presença de corpúsculo de Lentz em eritrócito [Fonte: Silva, 2005])

Eritrócitos nucleados (nRBC)

Os eritrócitos nucleados, que são os metarrubrícitos e rubrícitos, são células jovens que foram liberadas pela medula óssea. Os rubrícitos, que são um dos primeiros precursores eritróides, se diferenciam e forma o metarrubrícito, mas o metarrubrícito não realiza mais mitose. 

Os metarrubrícitos se formam em reticulócitos após a maturação e expulsão do núcleo celular. Tanto em cães quanto em seres humanos saudáveis, a maturação do reticulócito ocorre tanto na medula óssea quanto no sangue periférico.

(Foto: presença de metarrubrícito [Fonte: Harvey, 2001])

Quantidade elevada:

Alterações em medula óssea:

- Diseritropoese


- Hipóxia


- Infarto


- Inflamação


- Mielofibrose


- Necrose


- Trombose


Alterações imunomediadas:

- Anemia hemolítica imunomediada.


- Síndrome de Evans.


- Trombocitopenia imunomediada.


Alterações nas moléculas de adesão:

As moléculas adesão, que são as lamininas de matriz e fibronectina, proteína eritroblastmacrófago, integrina VCAM-1 e α4β1, desempenham papel nas interações entre as células eritróides, os macrófagos centrais e a matriz extracelular na medula óssea e, durante a diferenciação, sofrem alterações dinâmicas.

Caso houver  ruptura e/ou dano a uma ou mais dessas moléculas de adesão secundária à hipóxia, hipertermia, intoxicação ou neoplasia, por exemplo, o paciente pode apresentar elevação na quantidade de eritrócitos nucleados no sangue periférico.


Anemia regenerativa:

Quanto mais severa e regenerativa for a anemia, maior a quantidade de rubrícitos no sangue periférico.


Aumento na concentração de eritropoetina:

O aumento na concentração de eritropoetina ocorre em anemias regenerativa hemorrágica ou hemolítica ou em hipoxemia crônica.


Babesiose.


Cães neonatos:

Os cães neonatos podem apresentar grande quantidade de eritrócitos nucleados, mas a quantidade de eritrócitos nucleados diminui rapidamente após 1 semana de vida, normalizando os valores quando o cão atinge 1 a 2 meses de vida.


Coagulação intravascular disseminada (CID).


Contração esplênica:

A contração esplênica pode ocasionar em rubricitose e/ou em eritrócitos nucleados. 

A contração esplênica pode estar associada à má perfusão visceral.


Doenças esplênicas ou esplenectomia:

Os macrófagos esplênicos desempenham papel na remoção de organelas citoplasmáticas e remanescentes nucleares de reticulócitos em maturação, resultando em eritrócitos maduros.

Caso o paciente apresentar alguma doença esplênica como neoplasia, lesão, torção ou infarto, por exemplo, ou for esplenectomizado, esse mecanismo de maturação do eritrócito fica prejudicado e haverá elevação na quantidade de eritrócitos nucleados no sangue periférico.


Doenças musculares.


Erliquiose.


Feridas:

- Feridas por mordedura.


- Feridas por queimaduras: A presença de células vermelhas nucleadas em sangue periférico também é visualizada em seres humanos com lesões térmicas (principalmente nos seres humanos com grandes queimaduras) e diversas outras afecções severas, além de estar associada à prognóstico ruim, mas essas células não foram visualizadas em seres humanos com intermação.


Hemorragia.


Hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing).


Intermação (heatstroke)


Intoxicação:

- Intoxicação por anticoagulante.


- Intoxicação por chumbo.


- Intoxicação por organofosforado.


Lúpus eritromatoso sistêmico.


Micotoxicidade.


Neoplasia:

- Fibrossarcoma.


- Hemangiossarcoma.


- Leucemia.


- Linfoma.


- Mastocitoma


-  Metástase extramedular.


- Neoplasia em medula óssea.


- Policitemia vera


Regeneração celular.


Sepse.


Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS).


Quantidade diminuída:

Aplasia de células vermelhas.


Condições inflamatórias.


Doenças cardiovasculares.


Neoplasias:

- Hemangiossarcoma.


- Sarcoma histiocítico hemofagocítico.


Trauma.


Quantidade normal:

Cães saudáveis:

Os cães saudáveis podem apresentar raros eritrócitos nucleados durante o exame de esfregaço de sangue.

A presença de eritrócitos nucleados em sangue periférico é mais comum nos cães adultos saudáveis quando comparado com seres humanos e animais de fazenda adultos saudáveis. A presença de eritrócitos nucleados é extremamente incomum em seres humanos e normalmente indica anormalidade.

(Foto: presença de metarrubrícito [Fonte: Weiss, 2010])

Pontilhado basofílico

O pontilhado basofílico representa a agregação espontânea dos ribossomos e polirribossomos no eritrócito.

O eritrócito com pontilhado basofílico apresenta estruturas basofílicas pontilhadas que estão distribuídas de forma uniforme.

(Foto: presença de pontilhado basofílico (setas) [Fonte: Weiss, 2010])

Intoxicação por chumbo.


Regeneração celular importante.

(Foto: presença de pontilhado basofílico [Fonte: Harvey, 2001])

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Atualizado em: 03/05/2024