Síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos
Introdução
Por que acontece?
Alteração anatômica:
A síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos é uma afeccção progressiva genética e congênita que ocorre devido à alteração na conformação anatômica do crânio dos braquicefálicos.
O crânio dos pacientes braquicefálicos é mais curto quando comparado com as outras raças, há alterações do trato respiratório superior dos cães braquicefálicos e o ar passa com mais dificuldade.
As raças braquicefálicas são geralmente menos saudáveis quando comparado com as raças não braquicefálicas, pois as raças braquicefálicas são predispostas a apresentarem piodermite devido ao excesso de dobras cutâneas, órbitas rasas que aumentam o risco de ocorrer úlcera de córnea e prolapso de globo ocular, superlotação dentária com ou sem má oclusão dentária e hemivértebras que podem ocasionar em compressão da medula espinhal.
Quais são os pacientes braquicefálicos?
Os braquicefálicos são os pacientes que apresentam focinho mais curto como o Pug, Shih Tzu, King Charles Cavalier Spaniel, Pequinês, Bulldog Inglês, Bulldog Francês, Boston Terrier e Boxer, por exemplo. Esses pacientes são classificados como condrodispláscos.
Apesar de ser mais frequente nos cães braquicefálicos, os gatos braquicefálicos como o Persa, Himalaio e as raças exóticas, por exemplo, também podem apresentar a síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos.
Quais alterações anatômicas os pacientes braquicefálicos podem ter?
Os tecidos moles das vias aéreas superiores não reduziram de tamanho proporcionalmente ao crânio, ocasionando em obstrução da passagem do ar.
Há alterações do trato respiratório superior, mas o paciente não precisa ter todas as 5 alterações para apresentar a síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos.
Caso o paciente apresentar somente 1 alteração ou apresentar de 2 a 5 alterações, o paciente já apresenta a síndrome em si. Há casos também de pacientes braquicefálicos assintomáticos, ou seja, sem sintomas que apresentam alterações anatômicas.
Estenose de narina:
A estenose de narina é a narina do paciente que é mais fechada do que o usual, o que aumenta a resistência das vias respiratórias.
A estenose de narina é a alteração anatômica mais comuns nos gatos braquicefálicos sendo muito raras as demais alterações anatômicas em gatos. Em gatos braquicefálicos, também, há a possibilidade de ter uma dobra cutânea ventral à narina que aumenta a obstrução da passagem de ar, sendo que essa alteração cutânea não é visualizada nos cães com essa síndrome.
(Foto: gato braquicefálico com dobra cutânea ventral à narina ocasionando na síndrome da obstrução dos braquicefálicos [Fonte: Berns, 2020])
Palato mole prolongado:
O palato mole é o "céu da boca" e não deve se estender além da extremidade da epiglote.
Quando o palato mole é prolongado além da epiglote, também impede a passagem de ar devido à obstrução do ar na laringe e interfere no movimento do ar em direção ao pulmão durante a respiração.
Somente conseguimos visualizar o prolongamento de palato quando o paciente estiver anestesiado.
Hipoplasia de traquéia:
A hipoplasia de traquéia é a diminuição do diâmetro da traquéia devido à diminuição anormal dos anéis da traqueia, além de sua maior rigidez.
O prognostico é ruim no paciente que apresenta hipoplasia de traquéia.
Conchas nasais anômalas:
As conchas nasais são estruturas na narina do paciente por onde o ar passa.
Macroglossia:
A macroglossia é a língua maior do que o usual.
Maior esforço respiratório e consequências
Maior esforço respiratório = maior obstrução de ar:
A obstrução de ar que ocorre devido às alterações anatômicas ocasiona em maior turbulência de ar, maior esforço respiratório e, consequentemente, maior obstrução de ar.
Consequências do maior esforço respiratório:
Com o esforço respiratório, ocorrem:
Eversão dos sacos laríngeos:
A eversão dos sacos laríngeos ocorre devido à elevada pressão negativa durante a inspiração.
Os sacos laríngeos evertidos são estruturas que possuem formato de arco, brancas, brilhantes, localizadas cranialmente às cordas vocais.
Colapso da laringe:
Em casos avançados de síndrome da obstrução das vias aéreas dos braquicefálicos, o colapso da laringe ocorre devido à pressão negativa excessiva durante a inspiração e ocasiona em perda da função de sustentação das cartilagens.
Quando ocorre o colapso da laringe, não conseguimos visualizar as cordas vocais.
Eversão das tonsilas.
Tonsilas hipertrofiadas.
Colapso brônquico.
Edema da faringe.
Sintomatologia clínica
Sintomas de trato respiratório
Sintomas sistêmicas
Sintomas em trato gastrointestinal
Quando os sintomas pioram?
Cronicidade
Os sintomas vão piorando progressivamente com o passar dos dias.
Estresse e atividade física
Os sintomas ficam mais acentuados quando houver situações de estresse e atividade física.
Em cães, o exercício físico promove aumento da temperatura corporal e há uma maior necessidade de controle térmico, além de ocasionar em uma maior demanda cardiovascular.
Temperatura ambiental
Quando a temperatura ambiental estiver acima de 19º C, há agravamento dos sintomas clínicos.
Obesidade
Nos pacientes obesos, há o depósito de tecido adiposo no palato, língua e tecidos localizados ao redor das vias aéreas, dificultando a respiração.
Além de ser comum nos cães com síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos e predispor ao desenvolvimento dos sintomas clínicos, a obesidade compromete a função respiratória e agrava os sintomas.
Complicações
Diagnóstico
Introdução
Os pacientes com obstrução aérea superior apresentam dispneia, mas não necessariamente ocorre devido à síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos e por isso é importante realizarmos adequadamente a identificação do paciente, a anamnese, fazer o exame físico adequadamente e fazer o diagnóstico diferencial.
Anamnese
Importante questionar o responsável se:
Paciente apresenta algum ruído quando respira tanto quando está em repouso quando está realizando alguma atividade física?:
Muitos responsáveis, criadores e médicos veterinários acham normal o ruído respiratório e a respiração mais dificultosa por acreditar ser um ruído e respiração dos braquicefálicos, ou seja, acham que "é normal da raça".
Geralmente o responsável pelo paciente já relata respiração ruidosa mesmo quando o paciente tinha idade inferior a 1 ano.
Paciente é ativo?:
Muitos responsáveis pelos pacientes braquicefálicos relatam que o paciente é sedentário ou demoram muito para se recuperar de um exerício físico.
Paciente apresenta tolerância ao exercício?:
Muitos responsáveis não acham problema o paciente parar de caminhar no meio do passeio.
Paciente fica ofegante com frequência?
Há diminuição da atividade física quando há aumento na temperatura ambiente?.
Paciente faz algum ruído quando está dormindo ou se dorme bem no período noturno?:
Alguns responsáveis relatam que o paciente dorme sentado ou dorme com um brinquedo na boca para manter a boca aberta e respirar pela boca para compensar a obstrução das vias aéreas superiores.
Paciente dorme muito durante o dia?:
Alguns pacientes com alteração respiratória dormem aproximadamente 13 horas por dia.
Como o paciente com síndrome da obstrução aérea não dorme adequadamente devido às alterações respiratórias, o paciente fica com maior sonolência durante o dia também.
Paciente ronca?:
Lembrar que o ronco nunca pode ser considerado normal, independentemente da raça do paciente.
Paciente já apresentou algum tipo de desmaio?
Exame físico
Exame de sangue
Teste do exercício físico
Avaliação da saúde e resposta ao tratamento
Com o teste do exercício físico é possível avaliar a saúde e a resposta ao tratamento das afecções cardiovasculares, pulmonares e neuromusculares em cães.
Como fazer?
Podemos fazer uma caminhada com o paciente por aproximadamente 3 a 6 minutos a uma velocidade aproximada de 6 km/hora para assim podermos avaliar a recusa ou aceitação do paciente ao exercício físico, o ruído da passagem aérea, o esforço respiratório e as difculdades respiratórias. Alguns pacientes com síndrome da obstrução aérea grave não toleram nem 3 minutos de caminhada.
A tolerância ao exercício sofre influência da temperatura ambiental e do escore corporal do paciente.
Resultado
Quanto mais audível e constante for o ruído respiratório, pior é a obstrução aérea.
Exames de imagem
Radiografia
Radiografia cervical e torácica:
As alterações que visualizamos na radiografia cervical e torácica dos animais com síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos são:
Prolongamento de palato mole:
Podemos observar o palato mole se projetando pela rima glótica.
Hipoplasia de traquea:
A radiografia cervical e torácica nos auxilia no diagnóstico de hipoplasia de traqueia.
Pneumonia:
Com a radiografia torácica, podemos avaliar se o paciente apresenta pneumonia.
Edema pulmonar não-cardiogênico.
Cardiomegalia:
Devido à alteração respiratória crônica, os pacientes com síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos podem apresentar cardiomegalia, ou seja, aumento do tamanho do coração, principalmente das câmaras cardíacas do lado direito, ao exame de radiografia torácica.
Entretanto, alguns parâmetros que indicam cardiomegalia ao exame de radiografia torácica dos pacientes não-braquicefálicas podem ser achados normais em várias raças braquicefálicas e por isso que é importante sempre associarmos os achados da radiografia torácica com as alterações clínicas e com o ecodopplercardiograma.
Radiografia abdominal:
Podemos fazer o diagnóstico de alguns casos de hérnia de hiato com a radiografia abdominal.
Ultrassonografia abdominal
Os pacientes com síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos apresentam rigidez de baço e fígado aumentados.
A hipóxia crônica e a hipóxia durante o sono são os fatores que ocasionam nas alterações hepáticas e que, posteriomente, pode ocasionar em fibrose hepática.
Endoscopia
Podemos realizar a endoscopia para avaliar os ossos turbinados da narina, para avaliar a traqueia e para descartar possibilidade de hérnia de hiato.
Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada é o exame padrão-ouro para diagnosticar a síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos.
Com a tomografia computadorizada, podemos avaliar os ossos turbinados da narina, o palato mole e possibilidade de hérnia de hiato. Entretanto, o exame fisico já aceitável para submeter o paciente ao procedimento cirúrgico.
Ecodopplercardiograma
Importante realizar o ecodopplercardiograma nos pacientes com síndrome a obstrução aérea dos braquicefálicos para avaliar a pressão arterial pulmonar, pois muitos desses pacientes apresentam hipertensão arterial pulmonar devido à hipóxia crônica.
O ecodopplercardiograma também avalia as câmaras cardíacas. Os pacientes com síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos podem apresentar insuficiência tricúspide, aumento do átrio direito e hipertrofia concêntrica do ventrículo direito.
Diagnósticos diferenciais
Outras alterações anatômicas em vias aéreas superiores em outras raças
Há algumas raças não-braquicefálicas que apresentam algumas alterações em vias aéreas superiores e que também dificulta a passagem de ar.
Os cães da raça Norwich Terrier apresentam aumento de volume da supra-aritenóide e estreitamento da laringe, ocasionando em maior dificuldade da passagem de ar e maior dificuldade respiratória.
Qualquer obstrução em via aérea superior
O paciente que apresenta qualquer obstrução em via aérea superior pode desenvolver uma síndrome de obstrução de via aérea, mas o tratamento difere da síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos.
A via aérea pode ser obstruída por:
Abscesso.
Corpo estranho:
Há casos de pacientes braquicefálicos que apresentam estenose de narina que desenvolveram dispneia de forma aguda, mas a etiologia da dispneia foi a presença de um corpo estranho em laringe, por exemplo.
Inflamação.
Tonsilite:
A tonsilite pode ser secundária à trauma ou a infecção.
Cistos.
Granuloma.
Neoplasia.
Tratamento
Tratamento clínico
Tratamento cirúrgico
Objetivo
O tratamento cirúrgico é o tratamento definitivo da síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos.
Com o tratamento cirúrgico, diminuímos os sintomas, diminuímos a hipoxemia intermitente crônica do paciente e proporcionamos qualidade de vida.
Entretanto, algumas alterações anatômicas não são possíveis de serem corrigidas cirurgicamente e por isso que é improvável a cura da síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos, mas há diminuição importante dos sintomas clínicos, melhora da função respiratória e há melhor qualidade de vida ao paciente na maioria dos pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico.
Há alguns pacientes em que a melhora da função respiratória ocorre gradualmente no pós-operatório, pois há diminuição da inflamação e da diminuição da obstrução do ar ocasionada pela alteração anatômica.
A partir de qual idade podemos realizar os procedimento cirúrgicos?
Recomenda-se realizar o procedimento cirúrgico de correção do prolongamento de palato nos pacientes com síndrome da obstrução aérea dos braquicefálicos com idade igual ou superior a 5 meses de vida, mas a correção da estenose de narina pode ser realizada em pacientes mais jovens para diminuir a possibilidade de o pet desenvolver alterações anatômicas secundárias.
Compartilhe com sua família e amigos!
Referências bibliográficas
- ANYAMANEECHAROEN, T. et. al. Clinical assessment of brachycephalic airway obstructive syndrome using questionnaire and 6-minute walk test in French Bulldogs. Thai Journal of Veterinary Medicine, v. 50, n. 3, p. 337-343, 2020
- AROMAA, M; LILJA-MAULA, J; RAJAMÄKI, M. M. Assessment of welfare and brachycephalic obstructive airway syndrome signs in young, breeding age French Bulldogs and Pugs, using owner questionnaire, physical examination and walk tests. Animal Welfare, v. 28, p. 287-298, 2019
- ASLANIAN, M. E; SHARP, C. R; GARNEAU, M. S. Gastric dilatation and volvulus in a brachycephalic dog with hiatal hernia. Journal of Small Animal Practice, v. 55, p. 535-537, 2014
- BARKER, D. A. et. al. Owner reported breathing scores, accelerometry and sleep disturbances in brachycephalic and control dogs: A pilot study. Veterinary Record, v. 189, n. 4, p. 1-7, 2021
- BRADBURY, J. et. al. Canine heat-related illness – new perspectives from recent research. Companion Animal, v. 28, n. 7, p. 1-5, 2023
- BERNS, C. N. et al. Single pedicle advancement flap for treatment of feline stenotic nares: technique and results in five cases. Journal of Feline Medicine and Surgery, v. 22 n. 12, p. 1238-1242, 2020
- BOWLT, K; MOORE, A. Surgery of the upper respiratory tract Part 2: Brachycephalic obstructive airway syndrome (BOAS). Companion Animal, v. 14, n. 8, p. 19-26, 2009
- BRUCHIM, Y. et. al. Pathological Findings in Dogs with Fatal Heatstroke. Journal of Comparative Pathology, v. 140, p. 97-104, 2009
- BRUCHIM, Y; HOROWITZ, M; AROCH, I. Pathophysiology of heatstroke in dogs – revisited. Temperature (Austin), v. 4, n. 4, p. 356-370, 2007
- CLARK, A. E. Heatstroke and brachycephalic dogs – is there an increased risk?. Veterinary Evidence, v. 7, n. 4, p. 1-9, 2022
- CRANE, C. et. al. Severe brachycephalic obstructive airway syndrome is associated with hypercoagulability in dogs. Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, v. 29, n. 4, p. 570-573, 2017
- DUPLAN, F.; GELENS, H.; AMSELLEM, P. Acute respiratory distress associated with a nasopharyngeal foreign body in a seven-month-old French bulldog. Veterinary Record Case Reports, v. 4, n. 2, 1-5, 2016
- EKENSTEDT, K. J.; CROSSE, K. R.; RISSELADA, M. Canine Brachycephaly: Anatomy, Pathology, Genetics and Welfare. Journal of Comparative Pathology, v. 176, p. 109-115, 2020
- ELLIS, J.; LEECE, E. Nebulized adrenaline in the postoperative management of brachycephalic obstructive airway syndrome in a pug. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 53, n. 3, p. 107-110, 2017
- EMMERSON, T. Brachycephalic obstructive airway syndrome: a growing problem. Journal of Small Animal Practice, v. 55, p. 543-544, 2014
- EJARVEC, V.; STEVE, N. A. Red Blood Cell Distribution Width in Brachycephalic Dogs with Brachycephalic Obstructive Airway Syndrome. International Journal of Zoology and Animal Biology, v. 4, n. 1, p. 1-5, 2021
- ERJARVEC, V.; STEVE, N. A. Selected Parameters of Venous Blood Gas Analysis in Brachy-cephalic Dogs with Brachycephalic Obstructive Airway Syndrome before and after Surgical Treatment. Proceedings of 6th Socratic Lectures, p. 1-6, 2021
- ERJAVEC, V.; VOVK, T.; SVETE, A. N. Evaluation of oxidative stress parameters in dogs with brachycephalic obstructive airway syndrome before and after surgery. Journal of Veterinary Research, v. 65, n. 2, p. 201-208, 2021
- FACIN, A. C. et. al. Liver and spleen elastography of dogs affected by brachycephalic obstructive airway syndrome and its correlation with clinical biomarkers. Scientific Reports, v. 10, n. 1, p. 1-10, 2020
- FASANELLA F.J. et.al. Brachycephalic airway obstructive syndrome in dogs: 90 cases (1991–2008). Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 237, n. 9, november 1, p. 1048-1051, 2010
- FENNER, J. V. H; QUINN, R. J; DEMETRIOU, J. L. Postoperative regurgitation in dogs after upper airway surgery to treat brachycephalic obstructive airway syndrome: 258 cases (2013-2017). Veterinary Surgery, v. 49, n. 1, p. 53-60, 2020
- FRANKLIN, P. H.; LIU, N.; LADLOW, J. F. Nebulization of epinephrine to reduce the severity of brachycephalic obstructive airway syndrome in dogs. Veterinary Surgery, v. 50, n. 1, p. 62-70, 2021
- GABRIEL, L.; ARYAZAND, Y.; BUOTE, N. Respiratory obstruction due to tonsillar lymphoglandular polyp in a brachycephalic dog: a case report. Veterinary Research, v. 17, n. 1, p. 1-7, 2021
- GIANELLA, P. et. al. Evaluation of metabolic profile and C-reactive protein concentrations in brachycephalic dogs with upper airway obstructive syndrome. Journal of Veterinary Internal Medicina, p. 2183-2192, 2019
- GOBBETTI, M. et. al. Long-term outcome of permanent tracheostomy in 15 dogs with severe laryngeal collapse secondary to brachycephalic airway obstructive syndrome. Veterinary Surgery, v. 47, n. 5, p. 648-653, 2018
- HALL, E. J.; CARTER, A. J.; O’NEILL, D. G. Dogs Don’t Die Just in Hot Cars-Exertional Heat‐Related Illness (Heatstroke) Is a Greater Threat to UK Dogs. Animals, v. 10, n. 8, p. 1-21, 2020
- HALL, E. J.; CARTER, A. J.; O’NEILL, D. G. Incidence and risk factors for heat-related illness (heatstroke) in UK dogs under primary veterinary care in 2016. Scientific Reports, v. 10, n. 1, p. 1-12, 2020
- HALL, E. J. et. al. Risk Factors for Severe and Fatal Heat-Related Illness in UK Dogs - A VetCompass Study. Veterinary Sciences, v. 9, n. 5, p. 1-18, 2022
- HANEL, R. M. et. al. Best practice recommendations for prehospital veterinary care of dogs and cats. Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, v. 26, n. 2, p. 166-233, 2016
- HATTERSLEY, R. Brachycephalic obstructive airway syndrome – where are we now and where are we heading?. Veterinary Practice Today, v. 8, n. 1, p.17-22, 2020
- HINCHLIFFE, T. A.; LIU, N.; LADLOW, J. Sleep-disordered breathing in the Cavalier King Charles spaniel: A case series. Veterinary Surgery, v. 48, n. 4, p. 497-504, 2019
- JOHNSON, L. R. et. al. Upper airway obstruction in norwich terriers: 16 cases. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 27. n. 6, p. 1409-1415, 2013
- KRAINER, D.; GILLES, D. Brachycephalic Obstructive Airway Syndrome. The Veterinary clinics of North America. Small Animal Practice, v.52, n. 3, may, p. 749-780, 2022
- LADLOW, J. Brachycephalic Obstructive Airway Syndrome – an update. BSAVA Companion, v. 2018, n. 3, p. 4-13, 2018
- LIU, N. et. al. Objective effectiveness of and indications for laser-assisted turbinectomy in brachycephalic obstructive airway syndrome. Veterinary Surgery, v. 48, n. 1, p. 79-87, 2018
- LIU, N. et. al. Outcomes and prognostic factors of surgical treatments for brachycephalic obstructive airway syndrome in 3 breeds. Veterinary Surgery, v. 46, n. 2, p. 271-280, 2017
- MONNET, E. Gastric dilatation-volvulus syndrome in dogs. Veterinary Small Animal Practice, v. 33, p. 987-1005, 2003
- MONNET, E. Síndrome das Vias Respiratórias dos Braquicefálicos. In: RABELO, R. C.; CROWE JR., D. T. Fundamentos de Terapia Intensiva Veterinária em Pequenos Animais, Editora L. F. Livros de Veterinária LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2005, p. 808-813
- NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Manifestações Clínica de Doenças da Laringe e Faringe. In: Medicina interna de pequenos animais, Editora Elsevier LTDA., 5ª edição, São Paulo, 2014, p. 583-589
- PACKER, R. et. al. Impact of Facial Conformation on Canine Health: Brachycephalic Obstructive Airway Syndrome. Public Library of Science, v. 10, n 10, p. 1-21, 2015
- PACKER, R.; HENDRICKS, A.; BURN, C. Do dog owners perceive the clinical signs related to conformational inherited disorders as 'normal' for the breed? A potential constraint to improving canine welfare. Animal Welfare, v. 21, n. 1, p.81-93, 2012
- PEREIRA, L.; YAMATO, R. J. Síndrome dos braquicefálicos. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A.; KOGIKA, M. M. Tratado de medicina interna de cães e gatos, Editora Guanabara Koogan LTDA, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p.3836-3847
- PLANELLAS, M. et. al. Evaluation of C-reactive protein, haptoglobin and cardiac troponin I levels in brachycephalic dogs with upper airway obstructive syndrome. Veterinary Research, v. 8, n. 152, p. 1-7, 2012
- RIECKS, T. W.; Birchard, S.J; STEPHENS, J.A. Surgical correction of brachycephalic syndrome in dogs: 62 cases (1991–2004). Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 230, n. 9, may 1, p. 1324-1328, 2007
- RIGGS, J. et. al. Validation of exercise testing and laryngeal auscultation for grading brachycephalic obstructive airway syndrome in pugs, French bulldogs, and English bulldogs by using whole-body barometric plethysmography. Veterinary Surgery, v. 48, n. 4, p. 488-496, 2019
- SENEVIRATNE, M.; KAYE, B.; HAAR, G. T. Prognostic indicators of short-term outcome in dogs undergoing surgery for brachycephalic obstructive airway syndrome. Veterinary Record, v. 187, n. 10, p. 1-9, 2020
- SHALES, C. Factors, diagnosis and treatment of BOAS in dogs. Veterinary Times, p. 1-15, 2014
- WOODLANDS, C. Perioperative care of the brachycephalic patient and surgical management of brachycephalic obstructive airway syndrome. The Veterinary Nurse, v. 9, n. 10, p. 532-538, 2018
- SINES, D. Brachycephalic breeds and their respiratory problems. Veterinary Nursing Journal, v. 26, n. 3, p. 92-95, 2011
- STORDALEN, M. et. al. Outcome of temporary tracheostomy tube-placement following surgery for brachycephalic obstructive airway syndrome in 42 dogs. Journal of Small Animal Practice, v. 61, n. 5, p. 292-299, 2020
- TORREZ, C. V.; HUNT, G. B. Results of surgical correction of abnormalities associated with brachycephalic airway obstruction syndrome in dogs in Australia. Journal of Small Animal Practice, v. 47, p. 150-154, 2006
- WOODLANDS, C. Perioperative care of the brachycephalic patient and surgical management of brachycephalic obstructive airway syndrome. The Veterinary Nurse, v. 9, n. 10, p. 532-538, 2018
- ŽGANK, Ž; STEVE, N. A.; ERJAVEC, V. Blood Lactate, Body Temperature and Heart Rate During Sub-maximal Exercise in Dogs with Brachycephalic Obstructive Airway Syndrome: A Preliminary Study. Proceedings of 6th Socratic Lectures, p. 8-13, 2021
Atualizado em: 22/04/2024